Hospital Berço Farroupilha poderá receber pacientes a partir de quinta-feira

Hospital Berço Farroupilha poderá receber pacientes a partir de quinta-feira

Localizado em Guaíba, espaço dispõe de 40 novos leitos com, inicialmente, 10 destinados à Covid-19

Christian Bueller

“Está nascendo!”, vibrou o prefeito José Sperotto, que recebeu a reportagem horas antes para mostrar o local

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Nesta quinta-feira, a partir das 7h, o novo Hospital Berço Farroupilha, inaugurado na terça-feira, em Guaíba, já poderá receber pacientes. É o primeiro da cidade com atendimento 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com investimento de R$ 4 milhões da CMPC, o espaço dispõe de 40 novos leitos. Inicialmente, dez deles dedicados a atender casos da Covid-19 em tratamentos intensivos (UTI) e os outros 30 leitos serão destinados para internações clínicas.

“Está nascendo!”, vibrou o prefeito José Sperotto, que recebeu a reportagem horas antes para mostrar o local. “É um dia histórico. Neste momento, será um hospital Covid-19, vai salvar vidas. E, depois, virão novas vidas, pois será um hospital maternidade”, salientou. Ele lembrou que, atualmente, o Ministério da Saúde não libera leitos que não sejam destinados a pacientes do novo coronavírus. “A diferença que, outros locais fecharão após a pandemia. Mas aqui o hospital continuará atendendo a comunidade”, acrescentou Sperotto, que agradeceu os esforços da secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, que esteve na inauguração, e ao governador Eduardo Leite.

Após a pandemia, a nova estrutura funcionará como maternidade e centro cirúrgico, realizando partos e cirurgias gerais eletivas. Até então, o Pronto Atendimento (PA) contava apenas com leitos de observação, já que internações e atendimentos mais graves eram encaminhados a Porto Alegre. Além disso, após 11 anos, a cidade voltará a ter maternidade pública, já que desde 2009 as mães precisam buscar o serviço na Capital. Até agora, foram investidos R$ 4 milhões, uma média de R$ 1milhão por mês. Serão oferecidos serviços de baixa e média complexidade, com repasses mensais de R$ 385 mil do governo do Estado, mais R$ 480 mil para custeio dos leitos de UTI até a habilitação dessas unidades pelo Ministério da Saúde, e cerca de R$ 115 mil da prefeitura de Guaíba.

O número de profissionais de saúde vai passar de 45 para cerca de 150, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e fonoaudiólogos. Na área onde hoje funciona o Pronto Atendimento, será a emergência do hospital. O contrato é do Estado com a administradora do hospital, Associação Mahatma Gandhi, instituição sem fins lucrativos selecionada pelo município de Guaíba. “É uma parceria que deu certo. Já temos expertise em hospitais”, disse o diretor de operações da entidade, que capacitará os futuros funcionários.

O nome do hospital é uma alusão ao fato de Guaíba ser o local onde iniciou a Revolução Farroupilha. O diretor-geral da CMPC, Mauricio Harger, comentou sobre a novidade. “Nos dez anos que estamos em Guaíba construímos muitas iniciativas importantes em conjunto com a comunidade. Nesse momento de desafio na saúde, em que as ações solidárias se tornam ainda mais necessárias, nada mais genuíno do que unirmos esforços com o poder público para ampliarmos a assistência à população, especialmente com a oferta de mais leitos hospitalares”, afirmou.


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