Hospital de Santiago enfrenta dificuldades com falta de soro antiofídico

Hospital de Santiago enfrenta dificuldades com falta de soro antiofídico

Diretora afirma que Instituto Butantã não tem enviado reposição de estoque

Renato Oliveira

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O Hospital de Caridade de Santiago, Centro do Estado, enfrenta dificuldades com o estoque de medicamentos contra picadas de animais peçonhentos, o chamado soro antiofídico. "Estamos com o nosso estoque de ampolas de soro antibotrópico reduzido e sem perspectiva de uma solução, o que nos deixa preocupados", relatou a diretora técnica do Hospital de Caridade de Santiago, Sonia Nicola.

Segundo a diretora, o estoque não vem sendo reposto pelo Instituto Butantã com sede em São Paulo em virtude da falta de materia prima (veneno da cobra). O soro também é empregado para tratamento de picadas de outros animais peçonhentos. A diretora do hospital informou que existia um estoque de 40 ampolas, mas com a entrada de pacientes que foram mordidos por cobras o estoque caiu para 15. "Se um paciente entrar no hospital em estado grave vai precisar de 12 ampolas e a solução será enviar para o hospital Unviersitário de Santa Maria", projetou a diretora.

A demora poderá ser fatal em virtude do envenenamento, que irá atingir os rins,destacou. O hospital atende uma micro-região integrada com 15 municipíos e o principal trabalho dos moradores é a pecuaria e lavoura, onde existem muitas cobras. A médica alertou as pessoas que moram no interior para que evitem caminhos pela vegetação e matagais; utilizem botas, calça e camisa de manga longa.

A diretora informou que manteve contato com a secretária Estadual de Saúde solicitando que acione o Instituto Butantã e obtenha a reposição do soro.

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