Hospital será responsável por localizar quem abandonar testes de Covid-19

Hospital será responsável por localizar quem abandonar testes de Covid-19

Pacientes de São Paulo e Salvador deixaram instituições durante bateria de exames

AE

Pacientes de São Paulo e Salvador deixaram instituições durante bateria de exames

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Hospitais e unidades de saúde deverão ir atrás de pacientes com suspeita do novo coronavírus que abandonarem os exames, segundo o Ministério da Saúde. O protocolo será tentar identificar o destino do paciente e apurar onde esteve e com quem teve contato. Houve casos em São Paulo e Salvador de pacientes que deixaram hospitais após testes iniciais darem negativo.

No Rio de Janeiro, a Justiça determinou até internação compulsória de um casal de franceses com suspeita da doença. Após descobrir o paradeiro e entender o motivo de ter deixado o hospital, a secretaria será orientada a coletar o material para concluir os exames laboratoriais, segundo o secretário de Vigilância do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira.

Um paciente que estava sendo atendido na quarta-feira no Hospital São Paulo, com suspeita de infecção, foi embora sem que todos os resultados tivessem sido liberados e sem ter alta médica. Ele havia voltado da Itália e apresentava sintomas de gripe. Um primeiro teste havia dado negativo para o coronavírus e para influenza. A equipe médica o havia internado em isolamento e ainda esperava resultado de um exame. Ele, então, manifestou a intenção de deixar o local.

Em nota, a Universidade de Federal de São Paulo (Unifesp), responsável pelo hospital, informou que seguiu os protocolos da Secretaria de Estado da Saúde e do ministério para pacientes com suspeita e que ele foi transferido para a Unidade de Isolamento Respiratório da Enfermaria de Doenças Infecciosas e Parasitárias, onde foram feitos exames. A secretaria disse, em nota, que "os serviços de saúde devem respeitar a liberdade de ir e vir e não têm a prerrogativa de reter qualquer pessoa que se recusar a permanecer na unidade ou a receber o tratamento prescrito pelo médico".

Presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), Mario Jorge Tsuchiya disse que a alta é prerrogativa do médico e pacientes não podem decidir quando sairão do hospital. "Se não teve alta, algum motivo teve para ele ficar." Para ele, o hospital "teria a obrigação" de fazer boletim de ocorrência relatando a evasão para se resguardar de eventual responsabilização.

Rio de Janeiro

O pedido de internação compulsória dos turistas franceses com suspeita da doença foi feito da prefeitura de Paraty. A dupla chegou ao local na segunda e estava em isolamento. Após a sentença, os testes indicaram que eles não tinham a doença. O caso tramitou em segredo judicial. 


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