Impasse entre quilombolas e Justiça marca reintegração de posse em área do Asilo Padre Cacique
Batalhão de choque da Brigada Militar está no local e aguarda para cumprir o mandado
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O advogado do grupo está tentando uma medida liminar, para suspender a reintegração. “Pedimos uma hora para a Brigada Militar, para ver se dá tempo de a Justiça acatar nossa liminar, contudo não estão querendo aceitar”, explicou o líder da comunidade e filho de quem fundou o quilombo há 54 anos, Sandro Lemos.
Cerca de 60 pessoas – entre crianças, adultos e idosos – moram no local, que é o sétimo quilombo urbano de Porto Alegre. O Asilo Padre Cacique, que é dono do terreno devido ao usucapião, tenta reintegrar a área há mais de dez anos, contudo só agora conseguiram que a Justiça Estadual expedisse o mandado.
Lemos explica que quando sua família chegou, o local era tomado por mato e não era utilizado pelo asilo. O pai dele trabalhou na casa de idosos por mais de 40 anos e, só após a morte do patriarca, a instituição pediu a reintegração do local.
Caminhões e retroescavadeira já estão no terreno para arrecadar os pertences dos moradores e levar para outro lugar. O grupo alega ainda que não tem para onde ir.
Foto: Alina Souza