Ipe venderá imóveis e deve impor carências para conter déficit
Aumento da contribuição também é estudada para resolver problemas apontados pelo TCE
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Das três alternativas, a venda de patrimônio é a que está adiantada. Doze imóveis estão sendo colocados a venda. A expectativa é de arrecadação de R$ 20 milhões. A imposição de carências médicas é alternativa para evitar que interessados no plano de saúde só procurem criar o vínculo com o instituto quando precisam de atendimento. Já o aumento da contribuição, é uma proposta a ser debatida, admitiu Morigi. A receita do IPE-Saúde é formada pelo desconto de 3,1% dos salários dos servidores públicos, mais a contrapartida, de mesmo valor, do Executivo.
O instituto ainda enfrenta distorções na arrecadação de valores. Se um desembargador é casado com uma professora e o vínculo do IPE com a família é pela servidora da secretaria da Educação, há uma arrecadação menor, pois o desconto é sobre o salário e os professores recebem menos que os desembargadores, exemplificou o diretor. O controle eletrônico de consultas médicas também está na pauta.
Morigi negou que haja um descontrole como revelou nessa manhã o deputado Paulo Odone, citando o relatório do TCE. O parlamentar falou em médicos assinando mais de cem atendimentos em um único dia, consultas sendo prestadas em nome de pessoas já falecidas e procedimentos de saúde pagos pelo governo do Estado sem os respectivos registros no sistema.
O diretor disse ainda que o problema do órgão estatal é o déficit acumulado em anos anteriores. O IPE-Saúde tem mais de um milhão de associados.