Juiz aposentado vai a júri popular por ter matado a companheira em Restinga Sêca
Crime ocorreu em junho de 2014
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Conforme a denúncia, assinada pelo promotor Sandro Marones, o homem tinha sentimento de posse em relação à mulher, restringiu contatos com pessoas e a obrigou a excluir o perfil na rede social. A situação se agravou em razão da ingestão de bebidas pelo acusado. Na noite do crime, o juiz pegou as chaves do portão eletrônico da garagem da casa da filha de Madalena, impedindo a mulher de sair de casa, distante 10 quadras da residência da mãe. Com um revólver calibre 38, ele atirou quatro vezes em Madalena, acertando a vítima nas costas, no tórax e na cabeça.
Depois de matar a companheira, o juiz aposentado arrancou os fios do telefone e pegou o veículo da vítima para fugir. A intenção era voltar a Minas Gerais, mas ele caiu em um barranco na BR 101, em Osório, quando acabou sendo preso. Eclache permanece sob prisão preventiva no Palácio da Polícia, em Porto Alegre.
Na sentença de pronúncia, a Justiça reconheceu a prova da materialidade e o indício de autoria. A denúncia é de homicídio duplamente qualificado: motivo fútil, devido ao ciúme excessivo que o acusado tinha da vítima, e recurso que dificultou a defesa da vítima.