Julgamento de homem que atropelou ciclistas será retomado nesta quinta-feira

Julgamento de homem que atropelou ciclistas será retomado nesta quinta-feira

Debates entre defesa e acusação estão programados para antes de ser proferida, a sentença

Correio do Povo

Julgamento de Ricardo Neis será retomado nesta quinta-feira

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Terminou pouco antes das 20h desta quarta-feira o primeiro dia de julgamento de Ricardo Neis, que atropelou 17 ciclistas em 2011, no bairro Cidade Baixa. Os sete jurados foram encaminhados a um hotel, onde permanecerão incomunicáveis. A sessão será retomada às 9h desta quinta-feira.

Neis, que responde por 11 tentativas de homicídio e 5 lesões corporais, deve depor no segundo dia do julgamento, quando também deverá ocorrer os debates orais de defesa e acusação. Em seguida, deve ser conhecida a decisão dos jurados.

A sessão foi presidida pelo juiz de Direito Maurício Ramires. Pelo Ministério Público atuam os promotores de Justiça Eugênio Paes Amorim e Lúcia Helena de Lima Callegari. A defesa do réu está a cargo do advogado Manoel Pedro Silveira Castanheira.

Dez testemunhas são ouvidas


Pela manhã foram ouvidas duas testemunhas e, no período da tarde, o julgamento prosseguiu com o depoimento de mais oito testemunhas. As primeiras testemunhas afirmaram que sofreram escoriações e tiveram suas bicicletas danificadas. Também relataram que o passeio ocorria de forma pacífica e que o réu poderia ter saído da rua ocupada pelos ciclistas, usando vias laterais.

Todas as testemunhas afirmaram que após o ocorrido deixaram de participar de passeios do grupo Massa Crítica. A sétima testemunha, uma dona de casa, estava no evento com a filha e afirmou que foi arremessada por quase meia quadra com a batida do carro, sofrendo hematomas e corte em uma das pernas.

Um rapaz, o nono a ser ouvido, disse ter tonturas até hoje, pois bateu com a cabeça no chão ao ser atingido pelo Golf do bancário. Ele foi levado ao HPS onde levou pontos na cabeça e nas pernas. A última testemunha a falar disse que devido ao impacto ficou desmaiada por alguns minutos e que o capacete que usava quebrou devido ao forte impacto.

Ciclistas dizem que não foram agressivos

Em todos os depoimentos, as testemunhas mencionaram que os passeios realizados pelo grupo Massa Crítica sempre foram pacíficos e que, no dia do atropelamento, ouviram ou presenciaram ciclistas alertando o réu de que deveria esperar um pouco em função da rua estar ocupada por ciclistas, com a presença de mulheres, crianças e idosos, e que, em seguida, ele poderia seguir caminho. Destacaram também os ciclistas nunca foram agressivos com o acusado.


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