Justiça determina desocupação de área da CEEE invadida pelo MST em Charqueadas
Decisão obriga saída voluntária em dez dias dos cerca de 250 manifestantes
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A decisão considera que há famílias e crianças no local e, por isso, fixa prazo de 10 dias. Os manifestantes devem desocupar o local “sob pena de expedição imediata de mandado de reintegração de posse“, segundo a decisão. A intimação deve ser feita por meio de oficial de justiça acompanhado, se necessário, da Brigada Militar.
O MST afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que o grupo ainda não foi intimado. Na decisão, a Justiça considera que, em outra invasão ocorrida no mesmo local, foi verificado o desaparecimento de 39 tambores cheios e lacrados contendo preservativo de madeira. O MST e o Incra cobraram o cumprimento de compromissos assinados em 2014 e 2015 com a CEEE. Conforme o MST, a companhia se comprometeu a fazer a limpeza do horto, retirando eucaliptos e pelo menos 50% dos tocos a fim de permitir a compra do horto pelo Incra e a transformação da área em assentamento da reforma agrária.
O terreno, de 1080 hectares, era utilizado para a fabricação de postes de madeira. Atualmente, apenas funcionários de uma empresa de segurança estão no local. É a terceira vez que o movimento ocupa a área desde 2014. Conforme o MST, eles iniciaram processo de revitalização do horto florestal, que contém casas, escola e até uma quadra de futebol. As famílias fazem limpeza no entorno das moradias.