Justiça determina retirada de sem-terra em Sananduva

Justiça determina retirada de sem-terra em Sananduva

Grupo pediu para ficar na área invadida até a manhã desta quarta-feira

Otto Herok Netto / Rádio Guaíba

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A Justiça de Sananduva determinou que os cerca de 250 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que ocupam a Granja Bela Vista, a 12 quilômetros da ERS 126, no Norte do Estado, deixem a propriedade. A reintegração de posse foi expedida em favor do proprietário da terra, José Castro Botelho Machado. De acordo com o MST, os ativistas pediram para permanecer na região até o fim da manhã desta quarta, quando serão recebidos para um encontro na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Porto Alegre, a fim de discutir as reivindicações do setor.

Para os sem-terra, o governo do Estado descumpriu um acordo feito em abril deste ano, quando o governador Tarso Genro se comprometeu a agilizar a reforma agrária. O MST espera a compra de uma área no Norte do Rio Grande do Sul para assentar cem famílias, além da desapropriação das Fazendas Palermo, em São Borja, e Santa Verônica, em Santa Margarida do Sul.

O secretário de Desenvolvimento e Cooperativismo, Ivar Pavan, negou que o governo tenha descumprido o acordo e disse manter o diálogo com os sem-terra. Ele admitiu, porém, que o governo não consegue, sozinho, fazer a reforma agrária. Conforme Pavan, o Estado espera decisões da Justiça sobre as áreas desapropriedadas e a liberação de recursos do Incra para a compra das terras.

Além da área em Sananduva, o MST montou acampamento em Viamão, na região Metropolitana, próximo à praça de pedágio da ERS 040, e junto à BR 285, em Vacaria, nos Campos de Cima da Serra. Pela manhã, houve um desentendimento entre integrantes da Brigada Militar (BM) e membros do MST, em Viamão.

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