Justiça nega pedido de transferência de atropelador

Justiça nega pedido de transferência de atropelador

Ricardo Neis estaria com quadro de depressão, conforme laudos médicos

AE e Correio do Povo

publicidade

A juíza de Direito Rosane Michels, da 1ª Vara do Júri de Porto Alegre, negou a transferência de Ricardo Neis, investigado pelo atropelamento de um grupo de ciclistas na última sexta-feira, do Hospital Parque Belém, onde está internado sob custódia policial, para o Instituto Psiquiátrico Forense (IPF).

A decisão, tomada na noite dessa quinta-feira, rejeita a solicitação de remoção feita pela Polícia Civil e aceita o pedido da defesa do motorista, mas pode mudar nos próximos dias. A magistrada requisitou avaliação do IPF sobre a viabilização da transferência para aquele instituto ou para uma prisão e fará nova análise do caso quando receber a resposta.

Uma nota divulgada pelo Tribunal de Justiça diz que a magistrada considerou que dois atestados firmados por médicos do hospital prescrevem a necessidade de acompanhamento psiquiátrico, devendo o investigado permanecer em local onde possa ficar em observação, sob cuidados especializados e contínuos, em unidade fechada. O texto informa ainda que foi diagnosticado quadro depressivo, com risco de suicídio.

Um mandado de prisão preventiva contra Neis já foi cumprido na manhã de quarta-feira, mas ele já estava hospitalizado e só pode ser levado a um presídio quando receber alta.

MP não considera pedido de insanidade mental

Nessa quinta-feira, o Ministério Público (MP) se posicionou contra o pedido de insanidade mental de Ricardo Neis. A promotora de Justiça da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Porto Alegre, Lúcia Helena Callegari, enviou um parecer ao Poder Judiciário recomendando a transferência dele do Sanatório Parque Belém. Em seu parecer, ela alega que Neis trabalhou como funcionário do Banrisul e foi aprovado pelo concurso do Banco Central, cujas provas são de "extrema dificuldade".

Segundo a promotora, após tomar conhecimento do pedido de prisão preventiva formulado contra ele, Neis providenciou a internação em um hospital particular, o que mostra vontade de “furtar-se à aplicação da lei penal, um dos motivos pelos quais foi decretada a custódia cautelar”.

Mesmo assim, o MP ressalta que não se opõe ao pedido de encaminhamento de Neis ao Instituto Psiquiátrico Forense (IPF). Caso os médicos do IPF entendam que ele não deve permanecer lá, deve levado ao Presídio Central.

Em mapa, veja o local do atropelamento


Visualizar Ciclistas são atropelados por carro no bairro Cidade Baixa em um mapa maior

Bookmark and Share

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895