Justiça rejeita recurso e mantém reintegração em hotel ocupado pelo MLB
Questão social relativa à moradia deve ser tratada junto ao Poder Executivo, diz magistrada
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Na argumentação, o MLB pediu à magistrada para anular a decisão alegando que existem omissões no processo, como a destinação de um reassentamento com condições para o recebimento do grupo. No entanto, a juíza defendeu que não há contradição ou omissão na sentença. Para Fernanda Ajnhorn, a questão social relativa à moradia deve ser tratada junto ao Poder Executivo.
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O movimento também havia solicitado uma inspeção judicial no Centro Vida, localizado na zona Norte. O espaço vem sendo utilizado para abrigo provisório em caso de desocupações, mas o MLB defende que o local não dispõe de estrutura para recebimento de famílias, em especial em dias de frio intenso.
Presença da EPTC, Bombeiros e Samu
A magistrada também atendeu um pedido do Oficial de Justiça responsável por cumprir a reintegração, solicitando a presença da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
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Além disso, cabe aos proprietários do imóvel providenciar meios para transportar os bens dos ocupantes. Conforme a decisão judicial, os assistentes sociais e conselheiros tutelares devem fazer uma intermediação junto à famílias para que sejam encaminhadas à casa de parentes, ou, na ausência, abrigos de passagem.
A reintegração de posse pode ser realizada a qualquer momento, mediante ação conjunta da Brigada Militar, do Conselho Tutelar e da assistência social do Município. O grupo é o mesmo que vivia no prédio do governo estadual, na esquina entre as ruas Andrade Neves e General Câmara, e foi despejado em 14 de junho.
Os sem-teto do movimento Lanceiros Negros Vivem marcaram uma vigília para a noite de hoje, a partir das 20h, chamando apoiadores para que permaneçam em frente ao prédio, pela terceiro dia seguido.