Laudo de acidente com elevador deve ser concluído em 30 dias

Deve ser concluído em até 30 dias o laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) sobre o acidente com um elevador que ocasionou uma morte, na manhã de sábado, em Porto Alegre. Zeli da Silva Matos, 80 anos, tentava entrar no equipamento, dentro da Igreja Adventista, na rua Roque Calage, zona Norte de Porto Alegre. As portas fecharam-se e prensaram a vítima, que morreu no local.

De acordo com a delegada Clarissa Demartini, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), uma perícia de engenharia deverá ser feita no local, com a presença do técnico que fez a instalação do elevador na última sexta-feira. O objetivo é não deixar para trás nenhum detalhe da investigação. “Podemos trabalhar com a hipótese de ser um dano do próprio equipamento e não na instalação. Ou quem sabe uma pane momentânea”, afirmou a delegada.

O primeiro passo é identificar em que fase encontrava-se o processo de instalação do aparelho. Clarissa afirmou ser possível que o elevador tivesse sendo operado sem a liberação da empresa. “Se conseguirmos perceber que tem algum dano nessa instalação que não foi feita, passa por uma responsabilização do técnico ou do fabricante. Mas o nosso mote da investigação realmente é o laudo pericial”, observou. Moradores da rua Roque Calage afirmaram que, na manhã de sábado, houve queda de luz na região. A delegada Clarissa, porém, descartou que o fato esteja relacionado com o acidente.

Zeli tentou entrar no elevador quando ele estava parado no terceiro andar do prédio, que possui quatro pavimentos. A nora, de 53 anos, e a neta, de 9, já estavam dentro do aparelho. “Ele fechou com ela presa e desceu”, contou a delegada. Zeli ficou prensada na altura do tórax. As duas acompanhantes não ficaram feridas.

No momento do acidente, às 8h40min de sábado, os primeiros fiéis estavam chegando ao tempo da Igreja Adventista para o culto das 9h. Segundo um dos representantes da igreja, Márcio Luz da Silva, aquele era o primeiro dia de utilização do novo elevador. Ele informou que a instituição pretende prestar apoio à família da vítima e que poderá responsabilizar a empresa que instalou o elevador, caso fique comprovada a falha na prestação do serviço.

 
Vítima tentou entrar no elevador quando ele estava parado no terceiro andar do prédio. Foto: Vinícius Roratto