Leite reforça defesa ao Distanciamento Controlado frente elevada ocupação de leitos de UTIs no RS

Leite reforça defesa ao Distanciamento Controlado frente elevada ocupação de leitos de UTIs no RS

Governador destacou nesta quinta-feira a necessidade de conciliar atividades econômicas e a preservação de vidas

Felipe Samuel

Governador se manifestou em videoconferência pelas redes sociais nesta quinta-feira

publicidade

Mesmo com a taxa de ocupação de leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) acima de 70% no Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite voltou a defender o modelo de Distanciamento Controlado e destacou a necessidade de conciliar atividade econômica e preservação de vidas. Em videoconferência nesta quinta-feira, ele reconheceu que hospitais da Região Metropolitana ainda apresentam elevação no número de internados em leitos de UTI, mas destacou que o aumento confirma as projeções do Palácio Piratini para o período.

Ao justificar o aumento na ocupação de leitos, o governador afirmou que historicamente o sistema de saúde tem maior demanda nesse período por pacientes que apresentam sintomas de doenças respiratórias. "Na Região Metropolitana continuamos vendo crescimento, embora veja sinais de diminuição da velocidade de disseminação do vírus, por conta do distanciamento nos últimos 4, 5 dias, e redução da velocidade. A curva de internações está suavizando, o que é uma boa notícia", afirmou.

Na avaliação do chefe do Executivo gaúcho, o Estado está conseguindo manter média de 73% de ocupação de leitos de UTI, o que significa que se 'mantém dentro de um patamar histórico nos últimos meses'. Leite ressaltou que a manutenção desse índice médio só foi possível graças ao incremento do número de leitos. "Observamos dados de Porto Alegre e RM e percebemos suavização da curva, embora ainda com crescimento, que indica que o distanciamento aumentou nas últimas semanas, o que ajuda a reduzirmos demanda pelo coronavírus e outros vírus de doenças respiratórias, que acabam circulando menos e demandam menos do sistema hospitalar", completou.

Sobre as críticas quanto ao modelo de Distanciamento Controlado, o governador voltou a pedir a compreensão dos empreendedores gaúchos para o momento que o Estado atravessa. E garantiu que as medidas adotadas pelo Palácio Piratini refletiram em menor impacto na economia gaúcha. "Distanciamento (controlado) se impõe como necessidade. O distanciamento controlado que fizemos permitiu que em abril e maio o RS sofresse menos do que outros estados do ponto de vista econômico", observou, acrescentando que em maio o comércio teve crescimento de 27,9% em maio e a indústria, 13%.

Conforme Leite, as medidas permitiram "trabalhar melhor em abril e maio". O governador explicou que no momento que os dados apontam crescimento de alguns indicadores na Região Metropolitana e Porto Alegre é preciso reforçar atendimento a protocolos de distanciamento para manter a disseminação do coronavírus sob controle. Mas ressaltou que é necessário equilibrar atividade econômica e a preservação da vida. "Precisamos estabelecer a conciliação entre a proteção à vida e à saúde e manutenção da atividade econômica que também atinge a vida das pessoas", alertou.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895