Lixo gerado na Copa vai virar combustível

Lixo gerado na Copa vai virar combustível

Iniciativa do município quer diminuir impactos ocasionados pelos resíduos orgânicos gerados no Mundial

Cláudio Isaías / Correio do Povo

Produto será utilizado para abastecer o caminhão de coleta que fará o recolhimento

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O lixo orgânico formado no Acampamento Farroupilha Extraordinário da Copa, no Parque da Harmonia, e na FanFest, no Anfiteatro Pôr-do-Sol, durante a Copa do Mundo, vai virar combustível. O produto será utilizado para abastecer o caminhão de coleta que fará o recolhimento dos produtos nos dias de jogos na FanFest e no Acampamento Farroupilha. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pelo diretor-presidente da Companhia de Gás do Rio Grande do Sul (Sulgás), Roberto da Silva Tejadas, e pelo diretor-geral do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), André Carús, durante entrevista coletiva na Usina do Gasômetro.

Segundo Tejadas, a produção do gás natural é realizada pelo consórcio Verde-Brasil, formado pelas empresas Ecocitrus e Naturovos, na fábrica localizada em Montenegro. “O GNVerde é produzido a partir da transformação de resíduos orgânicos em um gás equivalente ao gás natural”, ressaltou. Conforme Carús, com a iniciativa o município quer diminuir os impactos ocasionados pelos resíduos orgânicos gerados na Copa do Mundo. “A parceria serve para comprovar que os produtos orgânicos também podem ser reaproveitados para a geração de energia sustentável”, acrescentou. O combustível, que produz energia através da decomposição de produtos orgânicos, é equivalente ao gás natural. Nele, cerca de 70% são provenientes do gás metano.

Tejadas destacou que no mundo, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), já circulam 450 mil veículos pesados - ônibus e caminhões -, abastecidos pelo GNV, que é dez vezes menos poluente do que o diesel. Porém, o trabalho será somente experimental no período da Copa do Mundo. Os resíduos orgânicos serão coletados e separados para o envio à cidade de Montenegro, local de produção do GNVerde. O DMLU recolhe diariamente 1,2 mil toneladas de resíduos orgânicos em Porto Alegre. Conforme o presidente da Sulgás, entre as vantagens do GNV estão a economia e a segurança, além de ser um combustível com o mais baixo teor de carbono.

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