Máscaras são descartadas nas ruas de Porto Alegre

Máscaras são descartadas nas ruas de Porto Alegre

Materiais não devem ser colocadas nas lixeiras das ruas, pois deixam o material potencialmente contaminado exposto

Cláudio Isaías

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As máscaras usadas para evitar o avanço do coronavírus seguem não sendo descartadas da maneira correta  pela população em Porto Alegre. Parte dos porto-alegrenses prefere jogar o Equipamento de Proteção Individual (EPI) nas ruas, avenidas e parques da Capital. Na manhã de hoje, o protetor facial foi encontrado em diversas vias da Capital, como nas ruas da Praia e Riachuelo, no Centro Histórico da Capital, nas avenidas Osvaldo Aranha, no bairro Bom Fim, na Salvador França, no bairro Jardim Botânico, e na Getúlio Vargas, no bairro Menino Deus. Os funcionários dos hospitais de Clínicas e Pronto Socorro (HPS) reclamam também que a máscara é descartada de forma incorreta próximo das instituições de saúde

A obrigatoriedade do uso de máscaras em locais públicos, prevista no decreto municipal, é a alternativa mais viável, após o distanciamento social, para controlar a Covid-19. A ideia é que as pessoas coloquem o material em um lixo separado e em um plástico amarrado. Ele deve estar muito bem embalado para que este não seja um potencial de contaminação.

A prefeitura de Porto Alegre realiza orientações sobre o descarte das máscaras. Os resíduos domésticos de residências onde pacientes com suspeita ou confirmação de infecção pelo coronavírus estão em isolamento devem ser descartados em duplos sacos de lixo, resistentes e fechados com nó. Isso evita a contaminação dos garis que coletam e manuseiam o material. O alerta é do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), com base em normas da Diretoria Geral de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e em determinações dos órgãos sanitários federais. A regra é válida para todos os resíduos domiciliares originados nesses locais - papéis, guardanapos, papel higiênico, embalagens plásticas, de papelão e sobras de alimento.

Os sacos para descarte devem ser duplos e fechados com lacre ou nó quando  tiverem até dois terços de sua capacidade preenchida. Depois, devem ser depositados para a coleta domiciliar de orgânicos e rejeitos ou nos contêineres de recolhimento, respeitando os dias e horários do serviço regular da prefeitura. “Pedimos esses cuidados à população para protegermos os garis, principalmente nesta fase em que os casos de Covid-19 se multiplicam exponencialmente”, explicou o diretor-geral do DMLU, René Machado de Souza.

A Vigilância em Saúde destaca que os resíduos de onde há pacientes em isolamento por Covid-19 não devem ser separados ou triados para coleta seletiva nem doados a catadores, em hipótese alguma. Se o paciente morar em condomínio, a recomendação é avisar o síndico, que deverá orientar o funcionário responsável pelo recolhimento de resíduos para que manuseie o material o mínimo possível. 

A Defensoria Pública do Rio Grande do Sul produziu um material com orientações sobre o descarte de máscaras. A publicação alerta que após utilizadas, as máscaras descartáveis não devem ser colocadas diretamente na lixeira, mas embaladas em saco plástico e deve-se ter o cuidado de não misturar com materiais recicláveis. O ideal é descartar as máscaras dentro do saco do lixo do banheiro, junto com o papel higiênico e quando a pessoa estiver fora de casa. As máscaras usadas não devem ser colocadas nas lixeiras das ruas, pois deixam o material potencialmente contaminado exposto aos catadores de resíduos sólidos e garis.



 


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