Mães de vítimas da tragédia na boate Kiss recebem anjos de porcelana

Mães de vítimas da tragédia na boate Kiss recebem anjos de porcelana

Familiares se reuniram neste domingo em Santa Maria

Renato Oliveira / Correio do Povo

Mães de vítimas da tragédia na boate Kiss receberam anjos de porcelana

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O domingo é de encontro entre mães e familiares dos 241 jovens que morreram na tragédia da boate Kiss em Santa Maria, em 27 de janeiro deste ano. O grupo se reuniu na sede Campestre do Clube Dores. Este é o primeiro Dia das Mães após o incêndio na casa noturna.

Familiares das vítimas receberam a visita de integrantes do projeto "Meu Filho, Meu Anjo" da cidade de Santos (SP). Idealizado por Hagar Fernandes, de 58 anos, residente na cidade paulista, a ação entregou a cada mãe que perdeu o filho na tragédia um anjo personalizado, confeccionado de porcelana. O masculino tem os cabelos encaracolados e o feminino tem franja.

O incêndio causou a morte de 116 homens e 125 mulheres. "Essa é a nossa demonstração de solidariedade e carinho as mães que tiveram seus filhos mortos na tragédia", salientou Hagar.

A tragédia

O incêndio na boate Kiss – que fica na Rua dos Andradas, Centro de Santa Maria – começou por volta das 2h30min da madrugada de 27 de janeiro. O público participava de uma festa organizada por estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Segundo testemunhas, o fogo teria começado quando um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que acabara de subir ao palco, lançou um sinalizador. O objeto teria encostado na forração da casa noturna. As pessoas não teriam percebido o fogo de imediato, mas assim que o incêndio se espalhou, a correria teve início. Conforme relatos, os extintores posicionados na frente do palco não funcionaram.

Em pânico, muitos não conseguiram encontrar a única porta de saída do local e correram para os banheiros. Aqueles que conseguiram fugir em direção à saída, ficaram presos nos corrimãos usados para organizar as filas. A boate foi tomada por uma fumaça preta e as pessoas não conseguiam enxergar nada. Exames do Instituto Geral de Perícia (IGP) confirmaram que as 241 mortes ocorreram por asfixia, em função da inalação de dióxido de carbono com cianeto.

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