Mais de 2,9 mil precisam deixar suas casas conforme Defesa Civil

Mais de 2,9 mil precisam deixar suas casas conforme Defesa Civil

Relatório mostra que chuvas causaram estragos em 33 municípios do RS

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Zona Norte de Porto Alegre voltou a ficar submersa

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Subiu para 2.948 pessoas o número de desalojados e desabrigados por conta das chuvas no Rio Grande do Sul, de acordo com boletim da 19h da Defesa Civil do Estado. Conforme o órgão, na Fronteira Oeste, o município de Quaraí foi o mais atingido num total de 33 cidades afetadas. No documento, a localidade teria 100 desabrigados e mil desalojados, mas a prefeitura local contabiliza ao menos 2,2 mil afetados. Em Rosário do Sul, na mesma região, 200 pessoas precisaram ficar em abrigos.

Na última medição, às 18h, o Quaraí estava 11,85 metros acima do seu nível normal e a previsão é de que suba até 12 metros. Com a elevação das águas, toda a população ribeirinha do entorno da cidade foi afetada. De acordo com o secretário municipal de Obras, Claudino Murilo Júnior, equipes da Defesa Civil, Exército, Corpo de Bombeiros e prefeitura auxiliam no resgate aos atingidos. No domingo, o prefeito, Ricardo Olaechea Gadret, já salientava a necessidade de decretar situação de emergência.

Até mesmo o quartel do 5º Regimento de Cavalaria Mecanizada foi afetado, com o muro da corporação desmoronando em dois pontos pela pressão da água. Felizmente o incidente não deixou feridos, apesar da violência da destruição nas ruas Duque de Caxias e Ascanio Tubino.

Na Região Metropolitana, Esteio foi o município mais atingido até aqui, com 205 desabrigados e 800 desalojados. Assim como em Canoas, a cidade teve vários pontos com a energia elétrica cortada para evitar o risco de choques. Em Porto Alegre, a zona Norte sofre com o problema e tem 160 desabrigados.

A Vila Asa Branca, no bairro Sarandi, que há dois meses foi atingida pelo estouro do dique, ficou novamente quase embaixo d’água. A Defesa Civil do município concentrou esforços na localidade, auxiliando na remoção de famílias. Algumas foram encaminhadas à Paróquia Santa Catarina, localizada nas proximidades. A maioria deixou as casas sem conseguir salvar praticamente nada. Enquanto isso, outras famílias, mesmo com os conselhos dos bombeiros, não queriam deixar as suas residências.

Paraíso do Sul, no Centro do Estado, registra 150 desalojados. Na Capital, a situação atinge 80 moradores da zona Norte. Em Dom Pedrito, a Defesa Civil soma 50 desalojados. Outros 32 moradores saíram de casa em Esteio, na região Metropolitana.

Pouco antes das 8h o arroio Sarandi transbordou no cruzamento da avenida Sarandi com a Assis Brasil. Rapidamente a água fez com que a rua desaparecesse, transformando num rio formado pela mistura de barro e lixo. Além de invadir quintais de casas e a entrada de empresas, a correnteza da água quase provocou a morte de uma motorista. A pedido da Defesa Civil, a CEEE desligou a luz de cerca de 900 clientes nos bairros Sarandi e Nova Brasília por questões de segurança.

O Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) considerou a zona Norte a situação mais grave de Porto Alegre após a chuva. “Foi a área mais afetada, porque a chuva não deu trégua. Há dois meses fizemos a dragagem de todo o Arroio Sarandi. Mesmo assim, o excesso de lixo que estava ali estrangulou o arroio”, disse o diretor do DEP, Tarso Boelter.

 

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