Mais de 300 taxistas protestam contra exigências da Prefeitura de Porto Alegre

Mais de 300 taxistas protestam contra exigências da Prefeitura de Porto Alegre

Mobilização se iniciou por volta das 10h com saída da Rótula do Papa e motoristas criticaram sobretudo a taxa de Gerenciamento de Operações

Cláudio Isaías

Motoristas de diferentes pontos se reuniram em passeata

publicidade

Um protesto realizado por mais de 300 taxistas contra as exigências da Prefeitura de Porto Alegre para o setor deixou o trânsito lento e congestionado na manhã desta quinta-feira na área central da cidade. A manifestação da categoria foi contra a concorrência com os aplicativos, que segundo os taxistas, não são tão onerados pelo poder público municipal. A mobilização se iniciou por volta das 10h com saída da Rótula do Papa, na avenida Erico Verissimo, e seguiu até a avenida Ipiranga. Quando passaram na frente da sede da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), os motoristas promoveram um buzinaço contra a prefeitura.

A circulação ficou muito prejudicada nas avenidas Borges de Medeiros, Loureiro da Silva, Edvaldo Pereira Paiva e Augusto de Carvalho e na rua Aureliano de Figueiredo Pinto. Nas sedes do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ/RS), na avenida Borges de Medeiros, do Ministério Público, na rua Aureliano de Figueiredo Pinto, e do Tribunal Regional Federal da 4ª Região e do Ministério Público Federal (MPF), na rua Otávio Francisco Caruso, os condutores promoveram novamente um buzinaço. Eles estavam acompanhados por agentes da EPTC que orientaram o trânsito que ficou bastante complicado na região com mais de cinco quilômetros de congestionamento.

O motorista Gerson Port, do ponto do Porto Alegre Airport – Aeroporto Internacional Salgado Filho – criticou a cobrança da Taxa de Gerenciamento de Operações (TGO). O valor que consta da lei 11.582 vai ser cobrada ainda este mês pela EPTC. O custo é de R$ 44,38 para cada táxi  "A nossa categoria está sendo onerada e exigida demais pela prefeitura de Porto Alegre. Existem regras para quem trabalha no táxi. No entanto, não são as mesmas para quem trabalha nos aplicativos", lamentou. Segundo ele, os taxistas estão se sentindo desconfortados com o não cumprimento das leis na cidade.

"Avisamos há dois anos as empresas de aplicativos que elas deveriam colocar a placa vermelha, o sistema de luminosos e identificar o condutor do veículo porque se não pessoas iam morrer o que infelizmente acabou acontecendo", ressaltou. Na frente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Port questionou os colegas sobre quais as leis que estariam sendo cumpridas com relação a fiscalização de aplicativos na cidade e no restante do país. "Nenhuma lei está sendo cumprida no Brasil. Queremos saber porquê não está sendo realizado em Porto Alegre e no país e porquê os condutores de aplicativos recebem tanta vantagem", acrescentou. A manifestação dos taxistas terminou por volta das 11h30min no Parque da Harmonia. 


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895