Manifestantes ocupam sede do Demhab em Porto Alegre
Protesto exige melhorias em programas habitacionais da cidade
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O protesto é pacífico e não impede o acesso dos funcionários ao prédio. Conforme as lideranças do movimento, ainda não houve negociação sobre as reivindicações. A manifestação inclui integrantes do Movimentos dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Movimento de Luta nos Bairros e Favelas (MLB) e Movimento Nacional da População de Rua (MNPR).
Conforme a representante do MTST, Cláudia Ávila, uma das cobranças é a permanência de famílias na Vila Dique, na zona Norte da Capital, onde uma obra dificulta o acesso dos moradores. Já na Ocupação Progresso, cerca de 200 famílias aguardam que a Prefeitura conclua um estudo sobre a possível contaminação do solo.
Pressão pela Ocupação Lanceiros Negros
O MLB pressiona os governos municipal e estadual a destinarem o prédio da Ocupação Lanceiros Negros, no Centro da cidade, à moradia social. Ainda, os ativistas do MNPR reclamam de atrasos no pagamento do aluguel social e cobram a destinação de unidades do Minha Casa, Minha Vida para a população de rua.
“O Demhab diz que está atualizando os aluguéis e que não estão mais em atraso. Mas o que acontece é que muitas dessas famílias já foram despejadas em função do atraso e ninguém mais na cidade aceita contratar aluguel social porque sabe que o Demhab não paga”, disse Cláudia.
Em nota divulgada hoje, a Prefeitura de Porto Alegre destacou que as demandas como as da Vila Dique e da Ocupação Lanceiros Negros dependem, prioritariamente, dos governos estadual e federal. Apesar disso, a administração municipal se mostrou disposta a negociar com o grupo se ocorrer a desocupação do prédio.
Prédio do Demhab fechado por segurança
Para preservar a integridade física dos funcionários do Demhab, o prédio seguirá fechado, ainda que a manifestação não esteja impedindo a entrada e a saída dos servidores. Uma ação foi encaminhada à Justiça para pedir a reintegração de posse do espaço e continuidade de serviços.
