Mercado Público é opção para compras de Páscoa em Porto Alegre

O Mercado Público de Porto Alegre opera com horários diferenciados durante o feriadão de Páscoa. No sábado, quem buscar por produtos para o almoço em família, chocolates ou itens de confeitaria encontrará o local aberto no horário habitual, das 7h30min às 18h30min. Nesta sexta-feira, quando esteve aberto na parte da manhã até a primeira hora da tarde, a principal procura foi por pescados. Mesmo com a Feira do Peixe ocorrendo ao lado, no Largo Glênio Peres, muitas pessoas lotaram os corredores destinados às bancas de pescado na parte interna.

Proprietário de restaurante Laucir Dalmoro, 48, elencou a credibilidade dos mercadeiros como fator para essa escolha. “Gosto de fazer compras aqui. Tenho confiança e venho aqui quase todos os dias”, disse. Ele comprou camarão e filés de tilápia e peixe-anjo para o atendimento do seu estabelecimento, localizado também no Centro, na Sexta-feira Santa. “Trabalho bem com peixe, não apenas nesta data. Hoje só tem maior quantidade”, afirma.

O empresário Fabrício Lima, 42, deixou para comprar peixe na manhã desta sexta. “Quis pegar um peixe mais fresco. Sempre comprei aqui no Mercado Público, tenho amigos aqui dentro e sei a procedência do pescado”, disse. A economista Inês Keller, 50, optou pelo bacalhau, que prepararia à Gomes de Sá. “Estou levando bacalhau porque achei muito bonito. Sempre compro aqui nesta banca, pela confiança”, frisou.

A economista vê uma grande elevação no valor do quilo do produto. “O preço aumentou bastante. Ano passado comprei a R$ 80 o quilo, agora está R$ 139”, afirma. Embora lembra que há um aumento com base nas datas festivas, seguindo a lei da oferta e da procura, Inês vê outros fatores para a elevação. “A inflação está muito alta, sendo um fator que eleva os preços dentro de uma conjuntura econômica. Não é apenas a data”, explica.

Presidente da Associação do Comércio do Mercado Público Central (Ascomepc), Adriana Kauer, diz que o levantamento do total de vendas das bancas de pescado deve ser levantado e divulgado na próxima semana. Permissionária de uma banca que comercializa chocolates e outros itens de confeitaria, Adriana diz que o volume de vendas se manteve em elevação por conta de uma mudança de cultura do consumidor.

“Passamos dois anos de pandemia em que as grandes redes de venda estavam fechadas. Então, as pessoas acabaram migrando para o artesanal, dando uma retomada a esse setor. Percebo muito forte essa movimentação”, garante. Segundo a presidente da associação, a busca tanto por ovos e outros formatos de chocolates, bem como bolos e itens de confeitaria tanto, seja para consumo próprio ou para revenda foi grande nas bancas especializadas.