Mesmo com a escassez de chuvas, níveis do Guaíba seguem com poucas alterações

Mesmo com a escassez de chuvas, níveis do Guaíba seguem com poucas alterações

Moradores de diversos bairros reclamam do gosto da água em Porto Alegre

Eduardo Amaral

Dmae afirma que, mesmo sem registros de floração, está em estado de alerta e tem tomado medidas cautelares e “intensificando seus monitoramentos.”

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Mesmo com a escassez de chuvas em Porto Alegre, os níveis do Guaíba seguem com poucas alterações no último mês. Nesta segunda-feira a Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) registrou 69 centímetros de volume de água, o que é considerado satisfatório tanto para navegação quanto para captação. Durante o fim de semana o registro variou entre 60 a 89 centímetros, ainda avaliado como positivo, já que a preocupação maior é quando o nível chega a 30 centímetros.

Com águas mais baixas é comum a interferência das algas, que prejudicam a qualidade da água captada e distribuída. O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) diz que o problema não foi identificado até o momento, o que não impediu moradores de diversos bairros de reclamarem do gosto da água que consomem. Os problemas têm se concentrado em bairros da zona Norte e do Centro da cidade.

Na avaliação do Dmae, sem a identificação de floração de algas, ainda não foi necessário que se tome medidas mais “incisivas”, como o uso do carvão ativado. O produto é utilizado no pré-tratamento da água quando as algas interferem na qualidade da água. O Departamento afirma que, mesmo sem registros de floração, está em estado de alerta e tem tomado medidas cautelares e “intensificando seus monitoramentos.”

O órgão afirma que realiza três mil análises diárias, mas explica que que casos pontuais relacionados ao cheiro e ao gosto podem acontecer, e estes precisam ser comunicados através do telefone 156. Nestas situações os técnicos do órgão verificam no local qual o problema que pode causar mau cheiro e gosto ruim na água.

A projeção da SPH é que com a mudança na direção dos ventos o volume de águas caia nos próximos dias, como explica o chefe de divisão da Superintendência, Reinaldo Gambim. “A projeção é de ventos do quadrante Leste e Nordeste nos próximos dias, o que provavelmente reduzirá os níveis do Guaíba.” Apesar disso, ele afirma que o caso ainda não é preocupante, a não ser que ocorra uma “grande estiagem.


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