Metroviários suspendem possibilidade de greve nesta semana

Metroviários suspendem possibilidade de greve nesta semana

Sindimetrô-RS deve convocar novas reuniões para discutir escala de empregados da noite

Jessica Hübler

Sindimetrô-RS decidiu suspender a paralisação prevista para iniciar na quarta-feira

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Os metroviários não entrarão em greve, pelo menos nesta semana. Isto por conta de uma reunião, ocorrida no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), que teve como resultado o avanço nas negociações sobre as escalas de trabalho. O encontro contou com a participação de representantes da Trensurb e do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexas do RS (Sindimetrô-RS).

Em assembleia realizada nesta segunda, o Sindimetrô-RS decidiu suspender a paralisação prevista para iniciar na quarta-feira. "Como a empresa reconheceu as negociações anteriores e agendamos novas negociações, suspendemos a paralisação, nos mantemos em estado de greve e deveremos chamar nova assembleia na próxima semana, após estas rodadas de negociação", explicou o presidente da entidade, Luís Henrique Chagas.

Duas novas reuniões devem acontecer nos próximos dias entre a Trensurb e o Sindimetrô-RS, com o objetivo de buscar um acordo com relação à escala para os empregados do turno noite. Os novos encontros acontecerão na sexta-feira, 5 de outubro, na Trensurb e na segunda-feira, 8 de outubro, no TRT4. Ficou acertado que o acordo será renovado até 30 de novembro, buscando mais tempo para as discussões sobre uma nova proposta para a escala 5 x 2 (turno da noite), que atende aproximadamente 40 empregados de três setores: oficinas, sinalização e energia.

De acordo com o secretário jurídico do Sindimetrô-RS, Henrique Luis Frozza, a categoria busca, desde 30 de abril (data base), a renovação do acordo de escalas, que regulamenta a jornada de trabalho. "Havíamos fechado o acordo coletivo de trabalho, que é financeiro e social, e agora falta o acordo de escalas, que é separado. Buscamos a renovação integral do acordo, a Trensurb vem desde maio enrolando e também não formalizou nenhuma proposta. Diante desta enrolação a categoria foi chamada para decidir o que ia fazer", afirmou.

Conforme Frozza, a não renovação do acordo de escalas gera uma insegurança para os trabalhadores. "A qualquer momento isto pode ser alterado. Este acordo é uma das conquistas históricas, uma escala que está em vigor há 30 anos. Buscamos a renovação até maio de 2020, pois nos últimos anos os acordos sobre escalas foram renovados de dois em dois anos", enfatizou. A Trensurb informou que que o acordo de escalas permanecia em vigor, e que não havia em nenhum momento discussão sobre mudança nas escalas de trabalho da área operacional e administrativa.

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