Ministério estuda alternativas para rádios AM

O novo marco regulatório da radiodifusão e o fortalecimento das emissoras de rádio AM estiveram em pauta, na tarde desta quarta-feira, em encontro do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, com a direção da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert), em Porto Alegre. O ministro se comprometeu a trabalhar pelo fortalecimento das emissoras de rádio AM, que a cada ano perdem audiência devido ao ruído de aparelhos de eletrodomésticos e das linhas de alta tensão. Segundo ele, a ideia é fazer um estudo técnico e oferecer alternativas para as emissoras que operam nessas faixas. “Não é justo deixar as rádios definharem por conta de problemas técnicos”, destacou.

Uma das opções, sugeridas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é a realocação em uma outra faixa de frequência. De acordo com o presidente da Agert, essa seria a medida mais viável. “Precisamos urgentemente achar um caminho para que a rádio AM retome sua força e fique mais competitiva”, disse Gadret.

O ministro também deve analisar as demandas apresentadas pela entidade. “Recebi uma série de sugestões e grande parte delas converge com aquilo que o ministério pretende fazer. Prefiro olhar com carinho e depois dar uma resposta”, afirmou Paulo Bernardo. Na ocasião, foi entregue a ele uma cópia do balanço social da associação.

A previsão sobre o marco regulatório é de que o projeto seja encaminhado ainda esse ano ao Congresso. Para o presidente da Agert, Alexandre Gadret, ainda não há clareza suficiente na atribuição de cada tipo de outorga - rádio e televisão. “O ministro se comprometeu a analisar isso com carinho”, ressaltou. Gadret também cobrou de Paulo Bernardo a fiscalização de emissoras que não utilizam sua outorga de maneira adequada.

O vice-presidente do Grupo Record RS, Veríssimo de Jesus, que participou da reunião, destacou a necessidade de debater questões como a concorrência ocasionada pelas rádios comunitárias. “Acho muito importante a iniciativa da Agert”, destacou.