Ministério Público expede recomendação para contrato de tornozeleiras eletrônicas

Ministério Público expede recomendação para contrato de tornozeleiras eletrônicas

Investigação apontam hipóteses de burla no sistema e prejuízos financeiros

Correio do Povo

Ministério Público expede recomendação para contrato de tornozeleiras eletrônicas

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O Ministério Público expediu, na tarde desta quarta-feira, uma recomendação à Secretaria Estadual da Segurança Pública e à Superintendência dos Serviços Penitenciárias (Susepe) que sugere medidas para melhoria das tornozeleiras eletrônicas de presos.

De acordo com texto da Promotoria de Justiça de Execução Criminal, pede que sejam observadas as necessidades técnicas apontadas na contratação da empresa de prestação, assim como seja levado em consideração o fornecimento do software de monitoramento, infraestrutura tecnológica, treinamento, suporte e conhecimento técnico aos operadores, além da manutenção evolutiva do sistema de monitoramento eletrônico. A medida é assinada pelos promotores Alexander Gutterres Thomé e Luciano Pretto. 

O MP entende que deve ser exigida a melhor e mais eficaz tecnologia disponível. Além da possibilidade de acesso ao sinal também via frequência de rádio, que seja feita opção por carregador móvel, ou seja, sistema de carga de bateria separado da tornozeleira.

O texto ainda exije o uso de material não flexível, impermeável e com fechamento resistente aos atos de violação acidental ou dolosa do monitorado. Ainda, que deve ser designado número de funcionários compatível com a demanda de monitorados.

Investigação da Promotoria

A recomendação foi emitida em virtude do fim do contrato, que vence em dezembro deste ano. Investigações da Promotoria apontam hipóteses de burla ao sistema, ocasionando prejuízos financeiros e no funcionamento das tornozeleiras eletrônicas em uso no Estado.

Segundo a investigação, verificou-se a vulnerabilidade do material pela abertura, sem violação, dos lacres, por meio do aquecimento com o uso de secador de cabelo, além da perda de sinal pela colocação de papel alumínio e contato com água.

A tecnologia usada pelo monitoramento eletrônico no Estado é a 2G, cuja última atualização ocorreu há dez anos. Além disso, o preso precisa ficar plugado em uma saída de energia por três horas consecutivas para recarregar a bateria. Para evitar isso, ele acaba realizando recargas sucessivas de poucos minutos, o que aumenta o desgaste do dispositivo.

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