Ministro sobrevoa áreas alagadas, mas deixa prefeitos sem garantia de recursos

Ministro sobrevoa áreas alagadas, mas deixa prefeitos sem garantia de recursos

Única garantia repassada pelo governo federal foi a antecipação do Bolsa Família

Samantha Klein / Rádio Guaíba

Única garantia repassada pelo governo federal foi a antecipação do Bolsa Família

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Um balde de água fria foi derrubado sobre os prefeitos dos cerca de 200 municípios atingidos pela chuva forte no Rio Grande do Sul nas últimas duas semanas. Após sobrevoo de dois ministros às áreas mais afetadas nesta segunda-feira, a única garantia foi a antecipação do pagamento do Bolsa Família. O anúncio do benefício social foi feito por Osmar Terra, ministro do Desenvolvimento Social e Agrário. Já a Famurs solicitou socorro financeiro de R$ 340 milhões, valor de contabilização dos danos.

O ministro da Integração Nacional, Hélder Barbalho, disse que é cedo para anunciar valores para a reconstrução dos municípios. Garantiu, porém, que a Pasta está à disposição dos prefeitos. “Não viemos anunciar valores, seria uma irresponsabilidade. Mas sinalizamos nossa disponibilidade”, disse.

A fala não inviabiliza posteriores anúncios de ajuda financeira. Já o coordenador-geral da Famurs, José Scorsatto, considerou que os prefeitos dependem da agilidade da União para reconstruir de pontes no interior a prédios públicos. “Eles fazem o que podem, mas sem recursos federais é inviável”, lamentou.

Scorsatto destacou que São Francisco de Paula, município que foi atingido há três meses por um tipo de tornado e teve o decreto de situação de emergência homologado, até o momento, não recebeu os recursos anunciados pela União.

Nesta segunda-feira, mais 20 cidades decretaram situação de emergência. Com isso subiu para 115 os decretos desde 24 de maio, quando o período de cheias começou. Conforme a Defesa Civil Estadual, durante o dia o sistema foi atualizado com documentos recebidos no fim de semana.

Entre as cidades mais afetadas estão Chiapetta (R$ 20 milhões) e Cândido Godói (R$ 17 milhões), no Noroeste gaúcho, e Santana da Boa Vista (R$ 10 milhões), na região Centro-Sul. Também tiveram prejuízos milionários, acima R$ 5 milhões, as cidades de Santo Ângelo, Derrubadas, Garruchos, Maquiné, Entre-Ijuís, São Sebastião do Caí e Júlio de Castilhos.

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