Moinhos Talks debate o que muda no sistema de saúde depois da Covid-19

Moinhos Talks debate o que muda no sistema de saúde depois da Covid-19

Executivos entendem que é possível prever efeitos positivos do atual momento

Christian Bueller

Seminário virtual promovido pelo Hospital Moinhos de Vento ocorreu nessa quinta-feira

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A segunda edição do Live Moinhos Talks, seminário virtual promovido pelo Hospital Moinhos de Vento, debateu “O que muda no sistema de saúde após a pandemia?”, na noite dessa quinta-feira. O encontrou reuniu o CEO do Grupo Fleury, Carlos Marinelli, e o diretor executivo de imagem e patologia da Diagnósticos da América S.A. (DASA), Leonardo Vedolin.

Pelo Hospital Moinhos de Vento, o CEO Mohamed Parrini conduziu as discussões, com a moderação do coordenador médico de Saúde Digital da instituição, Felipe Cabral.

Os executivos entendem que já é possível prever efeitos positivos do atual momento, como o estímulo aos sistemas de saúde e a cooperação entre profissionais, pesquisadores e cientistas. “O grande defeito de nós, membros da indústria da saúde, é pensar que somos isolados, diferentes. Somos um elo, conectados. Não somos uma ilha”, reconheceu Parrini. 

Vedolin concorda. “A saúde tem total ligação com outros setores da vida, estabelecimentos comerciais fecharam por causa da Covid-19. Pilares nossos estão em debate. Por exemplo, logo que a crise começou, compramos muitos equipamentos de outros países. Numa epidemia como esta, impactou nossos negócios. Será que a empresa local não deve desenvolver mais?“, questionou.

Telemedicina 

Apesar das dificuldades causadas pela pandemia e as consequentes incertezas, Marinelli acredita que é preciso buscar um planejamento. “Pode ser para daqui a quatro anos ou mais, até. É um momento diferente. Não imaginávamos que a situação chegasse a esse ponto. Mas prosperarão os que melhor souberem se adaptar”, salientou o CEO do Grupo Fleury, acrescentando que o cenário atual mostra o quanto o ser humano é capaz de se adequar a uma nova realidade. 

Para ele, as presenças da telemedicina e da modernização da saúde são um caminho sem volta. “Definitivamente, a saúde entrou nessa era digital. As noções e barreiras de espaço/tempo são cada vez mais quebradas. Esse período deve servir para aprendermos o que a tecnologia pode nos passar”.

O CEO do Moinhos acredita que os modelos atuais não serão os mesmos em breve. “Quanto é esse tempo, não sabemos. Mas o que me incomoda é ausência de sementes plantadas nas gerações anteriores. Colhemos muitos frutos das coisas que fizemos. E deixamos de colher o que não se plantou. E acabamos sempre tendo que cortar”, ponderou Parrini. 

Para Vedolin, as startups podem ser parte da solução. “A maioria, nestes últimos dois meses, ficou sem caixa, precisam batalhar mais. Mas trazem o viés do empreendedor inquieto que quer gerar emprego. Entendem os clientes mais do que as empresas grandes. E, têm um conceito de competição diferente: duas startups estão em uma mesma plataforma levando valor, um para outro”, relatou o diretor executivo da (DASA), citando a Netflix, que começou como uma locadora de vídeos e se tornou referência de streaming, como exemplo.


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