Morador de rua aguarda duas horas e 23 minutos para receber atendimento do Samu

Morador de rua aguarda duas horas e 23 minutos para receber atendimento do Samu

Segundo a SMS, as muitas chamadas e a chuva dificultaram o deslocamento da ambulância

Mauren Xavier

Prefeitura explicou que grande número de chamadas e chuva determinou a demora para o atendimento

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Duas horas e 23 minutos. Esse foi o tempo de espera na manhã desta sexta-feira por um atendimento do (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no Centro de Porto Alegre. Visivelmente desorientado, um morador de rua estava caído na esquina das ruas Caldas Júnior e Sete de Setembro, próximo à Praça da Alfândega. Ele disse ter levado um tiro na perna, em circunstâncias não detalhadas, na noite anterior.

Por volta das 10h, houve o primeiro chamado, feito por uma jovem. Depois, ainda foram feitas outras três tentativas, por outras duas pessoas. Segundo a defensora pública Sabrina Hofmeister Nassif, que fez duas ligações, além da demora, o que causou mais tristeza foi o descaso no atendimento. Ela relatou que um dos médicos que a atendeu teria recomendado que ela levasse a um CAPs (Centro de Atenção Psicossocial), sendo que não era possível mover o homem.



No aguardo do atendimento, muitas pessoas paravam oferecendo ajuda e outras acompanhavam o desfecho. Por volta das 12h20min, o barulho da sirene, que indicava a chegada da ambulância, foi comemorado entre os presentes. Em poucos minutos, o homem já estava dentro do veículo, para ser levado para atendimento no Hospital de Pronto Socorro (HPS).

Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o primeiro chamado informava que havia um homem desacordado, sem que fosse informado que ele teria sido baleado. Além disso, houve um volume grande de chamados no período da manhã. Em função da chuva e dos problemas no trânsito, ocorreram ainda dificuldades no deslocamento na cidade.

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