Morte de agricultores em Faxinalzinho são fruto de omissão, diz procurador
Ricardo Gralha Massia pediu celeridade nos processos de demarcação de terra no Norte gaúcho
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Ricardo Gralha Massia lembrou que o processo de demarcação de terras daquela região tramita há dez anos e está há pelo menos um parado no Ministério da Justiça. O procurador acrescentou que, enquanto não houver uma solução definitiva que possa contemplar índios e agricultores, o conflito vai perdurar no campo, principalmente na parte Norte do Estado. “Enquanto não se resolver a questão de fundo que é: resposta para agricultor e resposta para os indígenas esse clima de conflito, infelizmente, vai perdurar”, declarou.
O procurador da República também desmentiu as informações de que 50% do território gaúcho possa se transformar em terra indígena caso haja uma demarcação profunda e correta de terras no Estado. Devido ao clima de insegurança instalado na cidade, o prefeito de Faxinalzinho, Selso Pelin, decretou situação de calamidade pública. Além da rede de ensino, serviços de saúde e comércio sofreram reflexos pelo conflito. Na última segunda-feira, os irmãos Alcemar de Souza e Anderson morreram depois de tentarem furar um bloqueio formado por índios em uma estrada da cidade.