Motoristas de aplicativos fazem novo protesto em Porto Alegre
No dia da categoria, manifestação exigiu que taxa cobrada pelas plataformas seja reduzida
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O presidente da Associação de Motoristas Particulares e de Aplicativos do Rio Grande do Sul (Ampa-RS), Eduardo Gollo, afirmou que os motoristas querem dialogar com algum representante da Uber, principalmente, por conta dos problemas que vêm enfrentando nas jornadas de trabalho. “A tarifa mínima, no Uber X, rende hoje, ao motorista, apenas R$ 3,75, menos que o preço do litro de gasolina e fica inviável”, declarou Gollo. Segundo ele, a Ampa-RS quer defender os interesses dos condutores, buscando um acordo junto às empresas para que todos saiam beneficiados.
“A maioria dos parceiros da Uber, por exemplo, trabalha com veículos a gasolina e não GNV. Com o aumento no valor do combustível, ficou impraticável”, lamentou. Conforme Gollo, a Ampa-RS tentou contato com a Uber de diversas formas e não obteve nenhum retorno. “Assim fica difícil. Precisamos negociar para viabilizar o trabalho de todos”, ressaltou. A taxa cobrada pelas empresas aos motoristas, atualmente, é de 25%. O grupo quer que este percentual seja reduzido para 15%.
Em comparação com o protesto realizado na segunda-feira, a mobilização de ontem à tarde perdeu força. Conforme Gollo, a liminar da Justiça do Distrito Federal que suspendeu o aumento do combustível em todo o país, acabou desmobilizando a categoria. “O pessoal não entende que ainda cabe recurso e que o preço não vai baixar rapidamente”, explicou. Mesmo com a mobilização reduzida, Gollo foi ao escritório da Uber e conversou com um representante da empresa.
De acordo com ele, foi informado, no local, que a diretoria da Uber está reunida em São Paulo para analisar os impactos que podem ser causados com eventual alteração de tarifa. “Eles não têm uma previsão de um veredito final. Talvez na próxima semana eles devem dar uma posição”, disse. A Uber informou que não irá se manifestar sobre a questão.