MPF investiga morte de indígena e invasão de garimpeiros no Amapá

MPF investiga morte de indígena e invasão de garimpeiros no Amapá

Policiais federais e do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar foram deslocados para o local

R7

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O Ministério Público Federal (MPF) instaurou, nesse sábado, procedimentos para apurar as circunstâncias da morte de um indígena e a invasão de garimpeiros na Terra Indígena Wajãpi, no Amapá. Ao longo do dia, o órgão acompanhou o desenrolar dos fatos, em contato com a Polícia Federal (PF) e com servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai), que estão na região. A morte do indígena Wajãpi, que estaria relacionada ao caso, segundo a Funai, será apurada pelo MPF por meio de investigação criminal. 

Em relação às denúncias de invasão da terra indígena Wajãpi por garimpeiros, o órgão solicitou informações à polícia sobre as providências adotadas até o momento. 

No sábado, uma equipe da PF e policiais do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar foram deslocados para a terra indígena. A finalidade é evitar o agravamento do conflito. O MPF afirmou que irá acompanhar a situação a fim de assegurar os direitos dos indígenas.

Por meio de nota, a Funai informou que assim que tomou conhecimento do fato no sábado acionou as autoridades competentes e seus servidores no local. “Por ora não há registros de conflito, apesar de ter sido confirmado um óbito, mas não há detalhes das circunstâncias. O local é de difícil acesso. Mesmo assim, a equipe da Funai e da PF permanecerão no local para garantir a integridade dos indígenas e apuração dos fatos”, disse o órgão.

Neste domingo, artistas posicionaram-se a favor dos índios. Caetano Veloso foi o primeiro se pronunciar e cobrou ação das autoridades.  “Sou do 342 Amazônia. O grupo recebeu um grito, um pedido de socorro, dos índios Wajãpi, que estão sendo agredidos e ameaçados por garimpeiros no Norte do Brasil. Peço às autoridades brasileiras que, em nome da dignidade do Brasil no mundo, ouçam esse grito”, disse ele. 

Outros cantores, como Lenine e Criolo, também pediram ajuda em nome dos Wajãpi. 


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