MPF mantém suspensa extração de areia no rio Jacuí

MPF mantém suspensa extração de areia no rio Jacuí

Órgão concluiu não ser conveniente retomar trabalho no local sem zoneamento ecológico

Rádio Guaíba

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O Ministério Público Federal  (MPF) concluiu não ser conveniente retomar a extração mineral no rio Jacuí enquanto não forem realizados o zoneamento ecológico econômico ou a perícia judicial no local. A decisão foi comunicada na tarde desta sexta-feira, em reunião com a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o Ministério Público Estadual (MPE) e a Casa Civil do governo do Estado, na Capital.

Com isso, a extração de areia permanece suspensa em virtude de uma decisão de 15 de maio do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. A meta era fimar acordo entre as partes com o objetivo da retomada da mineração no local, em contrapartida à realização do zoneamento e melhora na fiscalização.

Em nota oficial, o governo do Estado disse que, em audiência realizada no dia 14 de junho, foi proposto como encaminhamento a elaboração de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o objetivo de regulamentar a extração de areia.  "Respeitamos a posição do MPF, no entanto, acreditamos que os procedimentos adotados pelo Executivo estadual atendem à importante demanda de preservação ambiental, e a não-assinatura do TAC trará prejuízos à sociedade gaúcha e aos setores produtivos que dependem deste insumo", finalizou no documento.

Segundo o MPF, o mesmo zoneamento determinado em decisão judicial de 2006 - destinado a possibilitar a mineração de maneira sustentável - não foi feito pela Fepam. O órgão esclareceu, ainda, que a fiscalização da atividade de extração de areia no rio Jacuí foi objeto de Termo de Ajustamento de Conduta celebrado com a Fepam e o DNPM, ainda em 2002.

As três empresas responsáveis por 95% da extração de areia no Jacuí seguem proibidas de atuar. Na Capital, a falta de areia pralisou obras públicas, como os corredores de ônibus BRTs, voltados à Copa de 2014, em cinco avenidas. Nas lojas que vendem o insumo, os preços dispararam já que a areia passou a ser buscada em regiões mais distantes.

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