Municípios gaúchos precisam de ajuda para ter acesso à água potável

Em razão da chuva insuficiente há mais de cinco meses que causou a maior estiagem dos últimos anos no Estado desde a seca histórica de 2005, 77% dos municípios decretaram emergência e alguns já acionaram a Defesa Civil para ter acesso a água potável. A estiagem atingiu os 200 dias no Rio Grande do Sul.

O órgão estadual realiza o levantamento das cidades em situação mais grave e vem adquirindo pipas de vinil e se for necessário, poderá providenciar mais caixas d'água, filtros e a locação de veículos que transportem água para atender a zona rural de cidades como Erechim, Fontoura Xavier, Barros Cassal, Candiota, Dom Pedrito e Hulha Negra, conforme o major Ari Ferreira. “Estamos fazendo o levantamento daqueles que estão sofrendo com desabastecimento e paralelo a isso, estamos entregando cestas básicas para 17 municípios que tiveram prejuízos nas plantações”, complementa.

A seca também ameaça o fornecimento de água potável no Vale dos Sinos. Em Novo Hamburgo, a Comusa, companhia responsável pelo abastecimento, tem o nível de captação em 60 cm no Rio dos Sinos quando ideal é no mínimo 90 cm. A situação só não é mais grave porque o consumo diminuiu com a entrada do outono, porém o trabalho de conscientização da população continua, conforme o diretor Mozart Dietrich. “Há uma preocupação muito grande pela falta de chuva e pedimos à comunidade que economize. Temos a avaliação de que não está pior porque não está tão quente e o consumo é menor nesse período”, resume.

No início do ano, chegou a ser realizado racionamento em bairros alternados da cidade. Já em São Leopoldo, o Serviço Municipal de Águas e Esgoto (Semae) também informou que o nível de captação está mais baixo para o mês na média histórica desde 2008 com medição que indica 90cm.