Municípios podem pedir ajuda das Forças Armadas para combater Aedes aegypti

Municípios podem pedir ajuda das Forças Armadas para combater Aedes aegypti

Mais de 3 mil militares estão trabalhando diariamente para eliminar criadouros do mosquito

Agência Brasil

Municípios podem pedir ajuda das Forças Armadas para combater Aedes aegypti

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O secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Adriano Pereira Júnior, disse nesta sexta-feira que estados e municípios podem pedir o apoio das Forças Armadas para reforçar o combate ao mosquito Aedes aegypti, independentemente da mobilização nacional, marcada para este sábado. Segundo ele, cerca de 300 mil agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias agem diariamente para eliminar o zika vírus, também transmissor da dengue e da chikungunya.

"Temos mais de 3 mil militares trabalhando diariamente, eliminando criadouros do mosquito, em todos os municípios que solicitarem ajuda. Aqueles que verificaram que o número de agentes era insuficiente para cumprir as metas e precisou de reforço, solicitou apoio, e o governo federal colocou à disposição os militares", explicou o secretário Adriano Pereira, em entrevista ao programa Brasil em Pauta, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços.

Neste sábado, ocorre o Dia Nacional de Mobilização para o Combate ao Aedes aegypti. Cerca de 220 mil militares foram deslocados para a ação promovida pelo governo federal. Eles vão acompanhar os agentes de saúde no trabalho de conscientização, de casa em casa, para mobilizar famílias no combate ao mosquito. Três milhões de famílias, de 350 municípios, deverão ser visitadas em casa.

As cidades escolhidas foram aquelas com a presença de unidades militares e com maior incidência do mosquito, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Segundo Pereira, não é possível saber o nível de infestação nacional do Aedes aegypti, mas deve ultrapassar 1%, que é o considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Todos têm de estar engajados nesta luta, não só conhecendo, mas também executando as tarefas. Uma vez por semana limpe sua casa, cuide se não há um criadouro. E tem que ser uma rotina semanal, porque o ciclo do mosquito é de sete dias. Não adianta fazer na primeira semana e passar três semanas sem fazer nada, pois poderá aparecer um foco e termos três gerações do mosquito", destacou.

Combate

O reforço no combate ao Aedes aegypti começou no dia 29 de janeiro, com um mutirão de limpeza em prédios e instalações da administração pública em todo o país. Após a mobilização desse sábado, na próxima etapa, entre 15 e 18 de fevereiro, 50 mil militares das Forças Armadas farão visitas, em ação coordenada com o Ministério da Saúde e autoridades locais, para inspecionar possíveis focos de proliferação nas casas e, se for o caso, aplicar larvicida. A última etapa será em parceria com o Ministério da Educação, com visitas às escolas e conscientização das crianças e adolescentes sobre formas de evitar a multiplicação do mosquito transmissor. 

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