Nasa revela "boneco de neve espacial", formato verdadeiro de Ultima Thule

Nasa revela "boneco de neve espacial", formato verdadeiro de Ultima Thule

Corpo celeste mais distante já observado por sonda feita pelo homem tem forma peculiar

AFP

Corpo celeste mais distante já observado por sonda feita pelo homem tem forma peculiar

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A 6,5 bilhões de quilômetros do Sol flutua um corpo celeste formado por duas esferas que se aproximaram lentamente e se mantiveram unidas desde o início do Sistema Solar, anunciou a Nasa nesta quarta-feira. A nave espacial New Horizons sobrevoou nesta terça o Ultima Thule, descoberto por dois telescópios em 2014 e que se tornou o corpo celeste mais antigo e distante já observado por uma sonda.

Em 31 de dezembro, os cientistas só tinham uma foto pixelada, tirada a meio milhão de quilômetros, onde se via a forma alongada do Ultima Thule. "Esta imagem é tão 2018... conheçam o Ultima Thule!", anunciou nesta quarta-feira o chefe da missão, Alan Stern, em uma sessão informativa, na qual apresentou uma nova imagem mais nítida do corpo celeste, tirada a uma distância de 27.000 km, com uma resolução de 140 metros por pixel.

"Já não estamos falando de um pino de boliche, se parece mais com um boneco de neve", disse Alan Stern, que não escondeu sua alegria pela destreza tecnológica alcançada pela sonda. "O que esta câmera e esta equipe conseguiram não tem precedentes", disse. O Ultima Thule "sequer era conhecido até o verão de 2014".

Sua superfície reflete tanta luz quanto "a terra do seu jardim", e os raios do Sol são 1,6 mil vezes mais fracos que na Terra, disse, para indicar a dificuldade de localizar e estudar um objeto deste tipo, nos confins do Sistema Solar, muito além de Plutão. O Ultima Thule tem 31 quilômetros de comprimento e gira sobre si mesmo em aproximadamente 15 horas. A esfera maior foi nomeada Ultima pela Nasa, e a outra, aproximadamente três vezes menor, Thule.

Os pesquisadores revelaram outra descoberta. "Podemos dizer com certeza que o Ultima Thule é vermelho", disse Carly Howett, uma das cientistas da missão, com fotos coloridas de apoio. Assim como ocorre com a lua Caronte de Plutão, isto pode ser causado pela irradiação de gelo, explicou.

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