Nova titular da Susepe garante mais sensibilidade no cuidado com presos no RS
Marli Ane Stock defende que Presídio Central seja mantido em Porto Alegre para detentos presos provisórios
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A superintendente também afirmou que a nova equipe está em constante diálogo com a Secretaria de Segurança Pública para apresentar um diagnóstico preciso nos próximos dias de todo quadro prisional no Rio Grande do Sul.
Apesar de a análise ainda estar no início, Marli Ane Stock destacou que um dos principais problemas que deve ser combatido é a superlotação das prisões. No entanto, a superintendente não defende a exclusão do Presídio Central de Porto Alegre. Para ela, há necessidade de que se disponha de um local público para a colocação de detentos provisórios na Capital.
“Estamos trabalhando para reduzir a superlotação principalmente do Presídio Central quando do recebimento da obra do Complexo de Canoas. Nesse momento nós não podemos falar em desativação do Presídio Central até porque eu acredito que haja necessidade de uma cadeia para receber esses presos provisórios. Hoje, o Central tem cerca de 3,7 mil presos. Destes, 2 mil são provisórios. Então acredito que nós teríamos que, após uma avaliação, manter um presídio, uma cadeia pública em Porto Alegre porque o custo operacional de um preso enquanto não sai a condenação é bastante alto”, explicou a superintendente.
Com relação a novas casas prisionais, a superintendente projeta que em aproximadamente 90 dias seja possível definir uma data mais aproximada de quando o Complexo Prisional de Canoas deverá ser entregue. Para os novos presídios, estão previstos locais para ações socioeducativas, em função da parceria com a prefeitura de Canoas, e também espaço para atividades de reinserção social dos apenados após o cumprimento da pena. O local, no bairro Guajuviras, deve abrir 2,8 mil vagas em regime fechado.