Nove detentos com tornozeleiras eletrônicas estão foragidos

Nove detentos com tornozeleiras eletrônicas estão foragidos

Como os aparelhos já foram desligados, presos fora da cadeia não podem mais ser monitorados

Samuel Vettori / Rádio Guaíba

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Diferente do que informou ontem a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), nove dos 91 apenados monitorados por tornozeleiras eletrônicas não se apresentaram para entregar os equipamentos e voltar aos albergues onde estavam antes de receber o benefício. Na quinta-feira, a Susepe havia garantido que todos se apresentaram para retirar o sistema. A assessoria de imprensa do órgão alegou, no entanto, que o erro aconteceu porque os aparelhos já foram desligados, o que faz com que os eles não possam mais ser monitorados.

O judiciário foi comunicado e os seis presos da região do Vale do Sinos e os três de Porto Alegre são considerados foragidos. Os 82 apenados que voltaram ontem aos albergues em que cumpriam pena estão autorizados a continuar no trabalho que exerciam fora da prisão, com a diferença de que agora eles não podem mais passar as noites em casa. Todos têm emprego, segundo a Susepe.

O uso dos equipamentos tem como objetivo reduzir a superlotação em casas prisionais. Em outubro, a Susepe chegou a contabilizar 170 detentos monitorados. A licitação que vai garantir o uso definitivo dos aparelhos está sendo elaborada e deve ser concluída até março, segundo a superintendência.

A meta é que, até o final de 2014, quatro mil apenados estejam com os equipamentos. No ano passado, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) chegou a informar que cinco mil apenados seriam beneficiados, mas a adimintração atual admite que houve um recuo. A legislação determina que apenas presos do regime aberto possam deixar de frequentar albergues prisionais mediante a utilização dos aparelhos.

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