Obras da nova ponte do Guaíba instalam os canteiros industriais
Cadastro das 998 famílias impactadas pela obras já foi realizado e moradores serão realocados
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Segundo o Dnit, já foram realizadas a instalação do canteiro administrativo entre o Guaíba e a rua João Moreira Maciel, no bairro Humaitá, elaborado o projeto da nova ponte e o cadastramento das famílias impactadas pela obra. Também já foi feito o relatório socioeconômico das famílias e iniciada a cravação de estacas. Na manhã desta segunda-feira, no escritório montado junto ao canteiro de obras, trabalhadores realizavam o cadastramento para atuar na obra.
Com relação a desapropriação das famílias que residem na região da obra, o Dnit, o consórcio Ponte do Guaíba, a prefeitura e o Estado estão trabalhando em conjunto para reassentar as 998 famílias e realocar outros 33 comércios e instituições.
Conforme o Dnit, foram realizadas reuniões com as comunidades impactadas para esclarecer sobre o processo de reassentamento. No mês de dezembro, foi aprovado na Câmara de Vereadores de Porto Alegre o projeto de lei do Executivo que institui o regime urbanístico para a região das ilhas da Capital, tendo em vista o processo de reassentamento das famílias das áreas que darão lugar à construção da nova Ponte do Guaíba. Com isso, será possível manter as famílias nas ilhas.
O Dnit ressalta que as famílias só serão realocadas após a conclusão das moradias definitivas. Garante ainda que não será necessária a transferência para casas temporárias ou aluguel social, uma vez que a obra iniciará pela água, havendo tempo suficiente para o reassentamento.
A nova ponte do Guaíba terá uma extensão de 7,3 quilômetros - 2,9 quilômetros, além de 4,4 quilômetros em acessos e obras de artes especiais (alargamento da ponte Saco da Alemoa, elevada e viadutos). Com 28 metros de largura nos vãos principais, a pista contará com duas faixas de rolamento com acostamento e refúgio central. O valor da obra é de R$ 649,6 milhões. A conclusão da ponte está prevista para outubro de 2017. Devem circular pela nova estrutura 40 mil veículos por dia.
O vice-presidente do Movimento Ponte do Guaíba, Luiz Domingues, acredita que a ponte não será construída em três anos. “O ritmo das obras da nova ponte está lento e pelo cronograma original, o atraso já chega há três meses”, destacou. Para Domingues, as famílias precisam ser transferidas até dezembro de 2015 para que não haja prejuízo ao ritmo dos trabalhos da nova estrutura.