Ocupantes devem deixar as unidades habitacionais de Canoas na próxima semana

Ocupantes devem deixar as unidades habitacionais de Canoas na próxima semana

Grupo deve sair de forma voluntária até o dia 17 de março

Fernanda Bassôa

Grupo deve sair de forma voluntária até o dia 17 de março

publicidade

Os ocupantes das 146 unidades do conjunto habitacional Minha Casa, Minha Vida, do Macroquarteirão 4 (MQ4), no bairro Guajuviras, em Canoas, deverão começar a deixar o local a partir da próxima segunda-feira. A data foi definida em audiência de conciliação realizada ainda no mês de fevereiro com a presença de representantes da Prefeitura de Canoas, Caixa Econômica Federal e lideranças da comunidade ocupante.

Ainda, no mesmo encontro, ficou acordado que a saída das famílias será voluntária e ocorrerá até o dia 17, sendo liberadas 30 residências por dia. A Prefeitura se comprometeu a disponibilizar caminhões para que seja feito o transporte dos móveis e de pertences até local definido por eles. Além disso, funcionários da Administração Pública vão acompanhar a saída das famílias – que invadiram os espaços em 1º de janeiro deste ano – juntamente com oficiais de Justiça e efetivos da Brigada Militar.

No entanto, os invasores contestam a decisão, alegando que foi unilateral, e ressaltam que mais uma vez estão sendo injustiçados pelo poder público. Uma das lideranças do movimento, o presidente da Associação de Moradores Morada da Paz e Loteamento Guajuviras MQ4, Gregori Weber, diz que a comunidade que se alojou ali tem tanto direito quanto os beneficiários. “Todos aqui estão devidamente cadastrados. Alguns, há mais de 20 anos. Por quê nunca chega a nossa vez? Por quê os outros precisam mais do que nós? Também não temos moradia!”

Segundo a Prefeitura, simultaneamente à saída dos ocupantes será feita a mudança dos reais beneficiários designados pelo programa habitacional, já que algumas unidades estão praticamente concluídas. A prioridade para tomar posse, segundo a Administração canoense, será dos moradores da Vila de Passagem, a fim de garantir que aqueles em situação de maior vulnerabilidade social sejam os primeiros beneficiados.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895