Oficina de observação ensina sobre as aves de Porto Alegre

Uma oficina na manhã deste sábado, no Parque Mascarenhas de Moraes, bairro Humaitá, em Porto Alegre, buscou mostrar ao público a diversidade de aves da Capital. Conduzida pelo jovem Augusto Pötter, membro do Clube de Observadores de Aves de Porto Alegre (COA POA), a atividade teve o apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus) e fez parte da Semana da Primavera, promovida pela prefeitura.

Cerca de 15 pessoas participaram da observação, munidas de binóculos e muita curiosidade. Conforme dados do COA POA, a Capital tem 273 espécies de aves catalogadas. Os olhos e ouvidos estiveram atentos, especialmente às garças, animais que estão presentes às dezenas no parque, localizado na zona Norte e refúgio deste tipo de ave. Antes do início da caminhada, os participantes receberam orientações e uma breve explicação da equipe do Plano Diretor de Porto Alegre.

“Este evento é importante por duas razões. A primeira é que, observando as aves daqui, vamos poder catalogá-las em um banco de dados, ou seja, contribuindo para sua conservação e com outros pesquisadores. A outra é a divulgação científica, trazer o público para conhecer um pouco da beleza das aves. Muitas vezes, elas estão próximas de nós, mas não as observamos”, conta Pötter, dizendo que não há um público-alvo específico para a participação nas oficinas de observação. Segundo ele, basta apenas ter disposição.

A responsável pela Educação Ambiental da Smamus, a médica veterinária Juliana Herpich, diz que uma das intenções desta oficina e de outras gratuitas é trazer ainda mais o público aos parques de Porto Alegre. “Queremos que a população conheça as espécies que estão presentes nas nossas áreas públicas, e mostrar o quanto elas são importantes para nossa fauna. Procuramos captar o público principalmente por meio das mídias sociais”, comenta.

A dentista Ana Helena Burattini, moradora do bairro Petrópolis, também é membro do COA POA e participou da ação deste sábado. “Temos um grupo que organiza saídas regulares. Acredito que esta atividade é muito interessante, apesar de ser leiga no assunto. Gosto muito destas observações como uma forma de aprendizado”, salienta. O clube de observadores costuma realizar mensalmente visitações a parques da Capital para ensinar sobre as aves e auxiliar em sua catalogação.