Operação Tapa-Buracos é reforçada até o fim do ano em Porto Alegre

Operação Tapa-Buracos é reforçada até o fim do ano em Porto Alegre

Medida deve normalizar a situação, segundo secretário de Infraestrutura e Mobilidade, Luciano Marcantônio

Correio do Povo

Três novas equipes foram adicionadas

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Problemas diários no caminho de todos os cidadãos que utilizam o trânsito de Porto Alegre, os buracos nas vias devem ser minimizados até o final do ano. É o que promete a Operação Tapa-Buracos, recentemente reforçada pela prefeitura. Três novas equipes de trabalhadores foram adicionadas às antigas seis e, em seguida, uma nova ainda deve ser acrescentada para que seja aplicado um total de 13,1 mil t do chamado concreto betuminoso usinado a quente até dezembro.

A quantidade, disponibilizada através de um investimento de R$ 10,1 milhões, supera em 300% o que havia sido aplicado até o mês de agosto. Entre janeiro e o mês passado, somente cerca de 4 mil toneladas haviam sido garantidas pela prefeitura. O motivo, de acordo com o secretário de Infraestrutura e Mobilidade, Luciano Marcantônio, foi a política de reajuste da Petrobras. Segundo ele, os preços, que eram aumentados, no máximo, duas vezes ao ano, a partir de novembro de 2017 passaram a ser alterados até mensalmente. Com isso, o edital da prefeitura daquele mês, que tinha o objetivo de corrigir um déficit dos anos anteriores, acabou sem interessados.

O histórico do Executivo, conforme Marcantônio, não era favorável, pois o governo do prefeito Nelson Marchezan Júnior foi iniciado com os contratos da Operação Tapa-Buracos já endividados. Apesar disso, ainda segundo ele, foi possível negociar os contratos e colocar mais 6 mil toneladas de concreto, o que, afirma, é pouco – a média é de 13 mil por ano e o ideal seria 20 mil. Em 2018, devido à questão dos reajustes da Petrobras, somente 800 toneladas chegaram a ser aplicadas entre janeiro e março. Em abril, um contrato emergencial permitiu que fossem garantidas outras 3,3 mil.

Na manhã de ontem, as equipes responsáveis trabalhavam na manutenção da avenida Sertório, uma das que mais concentram o problema na zona Norte. Além desta região, o Centro é a que mais precisa dos trabalhos. Ambas, conforme a prefeitura, possuem maior área pavimentada e com revestimento asfáltico antigo. A programação é baseada nas 286 vias com fluxo diário maior que 5 mil veículos. Em média, as equipes podem atuar em 15 vias diariamente, mas o número pode variar conforme o tamanho dos buracos e condições climáticas. Em setembro, 169 ruas receberam manutenção.

O secretário comentou que o reforço da Operação não será suficiente para resolver o problema, mas que a ideia é conseguir, pelo menos, normalizar a situação. “Esperamos que até o final do ano a população perceba as melhorias na hora de conduzir o seu veículo”, afirmou. Ele disse, ainda, que 85% da malha viária da cidade está comprometida, pois já terminou sua vida útil. De acordo com Marcantônio, projetos de análise estrutural estão sendo feitos em 23 trechos. Os estudos estão sendo conduzidos pela Divisão de Conservação de Vias Urbanas e devem estar concluídos em outubro.

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