Orelhões estão caindo em desuso na Capital
Serviço foi substituído em sua maioria por aparelhos celulares, que somam mais de 240 milhões de linhas
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No trecho, foi observado que três pessoas realizavam ligações. Uma delas era o administrador Antônio Carlos Lanes, 56 anos. Morador da zona Sul da Capital, Lanes afirmou que, mesmo possuindo um aparelho celular pós-pago, prefere a ligação do orelhão. “É muito mais nítida e não fica caindo”, explicou. Até agosto de 2017, os orelhões ofereciam ligações locais e de longa distância nacional gratuitas, por conta da disponibilidade de TUPs no Estado, conforme determinação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Além de serem constantemente afetados pelo vandalismo, os orelhões também caíram em desuso, principalmente com a ampliação da oferta de telefonia móvel no Brasil. Segundo a Anatel, a telefonia móvel registrou 240,8 milhões de linhas em operação em outubro de 2017. Desde a última medição da Anatel, foi constatado que a Oi (concessionária responsável pela administração dos orelhões) ampliou a oferta de aparelhos e, assim, a gratuidade foi retirada.
Lanes informou que, até ontem, os orelhões continuavam oferecendo ligações gratuitas. Apesar de a Oi e a Anatel informarem que a oferta havia sido finalizada em agosto do ano passado. A Oi disse que apesar de a Anatel ter liberado a cobrança das ligações a partir de orelhões no RS, a companhia, por liberalidade, decidiu manter a gratuidade das chamadas. A próxima aferição da agência ocorrerá no dia 28 de fevereiro de 2018.
O Rio Grande do Sul conta com cerca de 43,1 mil orelhões. Destes, 1,2 mil são adaptados para cadeirantes e 171 são adaptados para deficientes auditivos e da fala. Aproximadamente 88% deles estão disponíveis para uso pois, do total, 5,1 mil estão em manutenção. Em Porto Alegre, de acordo com a Anatel, existem 5,7 mil orelhões disponíveis. Destes, 642 estão em manutenção.