Par de botas é encontrado junto a destroços de avião que caiu no Guaíba

Par de botas é encontrado junto a destroços de avião que caiu no Guaíba

Ainda não há informações se peças de vestuário são do empresário que pilotava o avião monomotor

Correio do Povo

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Um par de botas foi encontrado boiando junto aos destroços do pequeno avião monomotor que caiu nas águas do Guaíba por volta das 17h50min dessa segunda-feira, na altura do bairro Ponta Grossa, zona Sul de Porto Alegre. Ainda não há informações se as peças de vestuário realmente são do empresário Luiz Cláudio Albert Petry, 43 anos, único ocupante da aeronave. 

Para os trabalhos de procura ao empresário participam 13 bombeiros militares, sendo 6 mergulhadores e outros 3 embarcados, e 4 fazendo buscas por terra. A cor escura e a correnteza, ampliada pelos ventos, têm dificultado as buscas. 

O motor do avião foi encontrado no fundo do leito do Guaíba, cravado na areia. Nas primeiras horas do dia, a movimentação foi intensa e diversas viaturas estacionaram na praia. “Não podemos determinar uma causa do acidente, até porque não somos os responsáveis por este tipo de informação”, declarou em entrevista coletiva o tenente Vagner Silveira da Silva, do 1º BBM, e que comandava a operação pela manhã. 

Tanto no momento da queda como no dia seguinte, o céu estava claro e não havia neblina, o que descarta possíveis causas climáticas para o incidente aéreo. Ainda que informações não-oficiais apontem uma possível pane, a perícia oficial da aeronave, determinando as causas do acidente, deverá ser feita pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da FAB. Nesta terça-feira, o tenente disse que esperava encontrar Petry com vida. “Estamos supondo que a pessoa pode estar viva e precisando de resgate. Precisamos estimar as áreas em que podemos realizar as buscas, com base nas informações que temos”, comentou. 

Aviação para trabalho e lazer

Petry, casado há cinco anos e condutor de aviões há pelo menos 22 anos, tem dois filhos e curso concluído de pouso em água, gosta de viajar, e é proprietário de uma empresa de injeção de plásticos. Segundo o amigo Alberto Boff, também entusiasta da aviação, e que estava acompanhando nesta terça as buscas em Ipanema, há três semanas o empresário havia levado a aeronave para o hangar de Boff em Montenegro, no Vale do Caí, para mostrá-lo. “Ele voava quando tinha possibilidade. Utilizava para trabalho, mas também a lazer”, comentou Boff, relatando que este último havia sido o motivo deste voo antes da queda.


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