Pendências no processo podem adiar julgamento do caso Dorothy

Pendências no processo podem adiar julgamento do caso Dorothy

Vitalmiro Bastos de Moura, apontado como um dos mandantes do crime, foi condenado em 2008

Agência Brasil

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O julgamento do caso Dorothy Stang, marcado para a próxima quarta-feira, pode ser adiado. A decisão está nas mãos do ministro do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluzo. Segundo a assessoria do Supremo Tribunal Federal (STF), o magistrado deve responder nesta segunda-feira ou amanhã ao pedido de análise de pendências no processo, feito pelo advogado Eduardo Imbiriba de Castro, responsável pela defesa de Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de mandar matar a missionária norte-americana Dorothy Stang.

Castro pleiteia também que o STF aceite o pedido de habeas corpus para Bida, feito em 12 de fevereiro, no caso do julgamento ser adiado. Se isso acontecer, Bida fica em liberdade até um novo júri.

O promotor de Justiça Edson Cardoso, responsável pela acusação de Bida, afirmou na manhã de hoje (29) ao Jornal da Amazônia que vai acatar com serenidade a possível decisão do STF de adiar o júri, mas ressaltou que o adiamento deve frustrar a comunidade paraense.

“Se quiser colocar em liberdade, a gente tem que acatar a decisão. Apenas [precisamos saber sobre o possível adiamento] de modo que as pessoas que moram na cidade de Anapú, de Pacajá, naquela região de Altamira, e querem vir [não tenham], uma despesa muito grande. E o pior, com o feriado, se aproximando, pode ter problema de passagem”.

Vitalmiro Bastos de Moura, apontado como um dos mandantes da morte de Dorothy Stang, em 2005, foi condenado a 30 anos de prisão em 2008, no primeiro julgamento. Beneficiado pela legislação penal, que prevê um novo júri para condenados a mais de 20 anos de prisão, teve direito ao segundo julgamento, em 2009, quando foi absolvido. O Ministério Público recorreu ao Superior Tribunal de Justiça, que anulou a sentença. Agora, Bida será submetido a um novo júri.

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