Pilotos profissionais relatam desrespeito no trânsito de Porto Alegre

Pilotos profissionais relatam desrespeito no trânsito de Porto Alegre

Mulheres acompanharam comportamento de motoristas nesta quinta-feira

Franceli Stefani

Pilotos ficaram impressionaram com a imprudência dos motoristas que trafegam pelas ruas de Porto Alegre

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Duas campeãs das 12 Horas de Tarumã se impressionaram com a imprudência dos motoristas nas ruas de Porto Alegre. A gaúcha que mais se destacou como piloto profissional, e também a que mais venceu corridas no Brasil, Maria Cristina Rosito, 51 anos; e a piloto caxiense com 31 anos de experiência de pista, Patrícia de Souza, 47 participaram do programa Um Dia de Agente da EPTC, a convite da empresa.

Maria Cristina se disse impressionada com o desrespeito que presenciou. "É um absurdo. Motociclistas sem viseira foram maioria, além disso motoristas estacionando em local proibido - de uso restrito para carga e descarga, idoso, deficiente físico ou área escolar -, sem contar o uso do celular, que se tornou uma epidemia", criticou.

Em um dos casos, ela relatou que presenciou um homem deixando um carro em local proibido. Ele percebeu a presença dos agentes e questionou do porquê da placa estar no local e o que ela queria dizer. Com educação, o agente o questionou se tinha habilitação. "Nunca vi isso e fiquei pasma com a situação. Eu tinha em mente que a EPTC era, de fato, a indústria da multa, agora vendo pelo outro lado a situação é outra bem diferente. As pessoas nos envergonham. A educação vem de casa e deveria ser outra", desabafou.

Pessoas preferem correr riscos 

Segundo Maria Cristina, que tem uma bagagem de 40 anos no automobilismo, na pista há regras que precisam ser seguidas, sob risco de desclassificação da prova. "É incrível como nas ruas as pessoas preferem correr riscos, mesmo carregando o filho pequeno no banco de trás. Quando saímos da EPTC, em poucos metros, flagramos três infrações."

A caxiense Patrícia também aprovou a experiência. Ela viu as mesmas situações que a outra convidada e afirmou que em Caxias do Sul o trânsito não é diferente. "É mais fácil andar em São Paulo, com muito mais movimento, do que aqui. Lá, quando ligamos o pisca para passarmos de uma pista para outra, nos dão espaço. Aqui não permitem a passagem. Atitudes tão simples que são ignoradas", lamentou. A piloto reiterou que em competições, a boa conduta é indispensável. "O carro é uma arma, pode matar se não usado de forma correta e conforme as leis apresentadas."

Os agentes da empresa, Rafael Ferreira e Denis Andrade acompanharam as visitantes. Segundo o assessor de relações institucionais e responsável pelo projeto Um Dia de Agente da EPTC, Aldo Borges, muitos acidentes acontecem devido ao excesso de velocidade, além de outras imprudências. "O momento serve para desmistificar a visão da população de que a empresa apenas autua, é uma indústria da multa. O resultado não é 5% de todas as que ocorrem em um dia", salientou. As participações no programa podem ser agendadas através do telefone 3289-4242, diretamente com Borges.

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