Polícia deve indiciar quatro pessoas por fraude em farmácia da Capital

Depois de colher o depoimento do sócio da farmácia fechada nessa quarta-feira por irregularidades na fabricação e venda de medicamentos, no Centro da Capital, o titular da Delegacia do Consumidor (Decon), delegado Fernando Soares, confirmou, na noite desta quinta, que deve indiciar o sócio, a supervisora, a funcionária responsável pela manipulação e a gerente.

Segundo o policial, assim que for concluída a perícia, ele remete o inquérito à Justiça pelos crimes contra a saúde pública, contra o consumidor e contra as relações de consumo. A pena somada pode chegar a oito anos de prisão.

No fim da tarde, o sócio alegou, ao depor, que desconhecia a venda de medicamentos vencidos na unidade da rede Capilé da rua dos Andradas. O delegado entende, porém, que o argumento não se sustenta, já que é obrigação do profissional saber o que ocorria na empresa da qual é um dos proprietários.

Soares destacou que os fiscais constataram diversos problemas na farmácia, como uso de matérias-primas vencidas para confecção de medicamentos manipulados, venda de outros remédios com validade fora do prazo e comercialização de medicamentos controlados sem retenção da receita. A Capilé também não tinha farmacêutico e o alvará sanitário havia vencido.

Apesar da gravidade do caso, o delegado presume que os suspeitos devem responder ao processo em liberdade. A gerente, que ontem chegou a ser presa e encaminhada à Penitenciária Feminina Madre Pelletier, foi liberada hoje, por decisão judicial.