Poluição industrial pode ter contribuído para mortandade no Sinos, aponta laudo

Poluição industrial pode ter contribuído para mortandade no Sinos, aponta laudo

Suspeita principal ainda é de que esgoto cloacal tenha provocado a tragédia

Estêvão Pires / Rádio Guaíba

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A delegada de Defesa do Meio Ambiente Elisângela Reghelin, designada para investigar no âmbito policial a mortandade de mais de 16 toneladas de peixes no Rio dos Sinos, revelou, nesta terça-feira, já ter obtido resultados preliminares de análises em detritos emitidos por indústrias na região. Segundo ela, uma das amostras indicou a presença de substâncias poluentes capazes de provocar uma grande mortandade. Para não atrapalhar o inquérito, a delegada manteve o nome e o local da empresa em sigilo.

Apesar de o primeiro indício relacionar empresas ao crime ambiental, a suspeita principal ainda é de que o esgoto cloacal despejado por dezenas de prefeituras dos Vales do Paranhana e dos Sinos tenha sido o causador da tragédia. Durante a manhã, uma reunião de emergência convocada pelo Ministerio Público Estadual exigiu da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) maior rigidez na fiscalização junto às indústrias instaladas ao longo do Sinos. Entre as medidas solicitadas, o MP cobrou auditorias ambientais que devem ser feitas pela Fepam em parte das empresas.

Segundo o Comando Ambiental da Brigada Militar, nesta terça, a mancha poluente oriunda do Sinos não provocou novas mortes de peixes, no rio Jacuí. A mortandade registrada na semana passada concentrou-se entre Campo Bom e Sapucaia do Sul.

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