População ainda não sabe usar contêineres de lixo em Porto Alegre

População ainda não sabe usar contêineres de lixo em Porto Alegre

Após três anos, sistema de coleta mecanizada é utilizado de forma incorreta

Correio do Povo

Moradores seguem depositando no coletor de lixo seco, que é destinado apenas ao lixo orgânico domiciliar

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Completados três anos da implantação do sistema de coleta mecanizada, com o uso dos contêineres em Porto Alegre, a população ainda tem dificuldade de depositar os resíduos corretos nos equipamentos. É fácil ver lixos recicláveis como plásticos, vidros, papéis, embalagens sendo jogados no contêiner, que deveria receber apenas rejeitos orgânicos

Rodrigo Chies, diretor da Divisão de Limpeza e Coleta, do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), avalia que houve avanços no uso dos armazenadores de lixo, no entanto, ainda falta conscientização. “Muitas pessoas ainda não entenderam o que não pode ser colocado no contêiner. É um problema cultural, de má educação”, considera.

O descarte incorreto nos contêineres acarreta malefícios ao meio ambiente e pesa nas finanças públicas. A prefeitura gasta, em média, R$ 800 mil ao mês para manter o sistema de coleta mecanizada. Apesar do valor, o poder público acredita no sistema e pretende dobrar o número de equipamentos na cidade – atualmente existem 1,2 mil instalados na área central. Chies explica que no ano passado ocorreu a licitação para a instalação de outros 1,2 mil armazenadores. No entanto, por alegações da empresa que ficou em segundo lugar, o processo está judicializado. Quando o impasse se resolver (não há prazo para isso), o diretor explica que outros dez bairros serão contemplados com os contêineres. “Vamos expandir na área central, nos bairros Moinhos de Vento, Menino Deus e Perimetral”, diz.

Quem não respeita a separação correta do lixo está passível de penas, estipulada pelo Código Municipal de Limpeza Urbana. As multas podem variar de cerca de R$ 263 (leve) até R$ 4,2 mil (gravíssima). No caso da incorreta separação do lixo pode resultar numa multa de cerca de R$ 527 (média).

O que descartar:

O contêiner é de uso exclusivo para descarte do lixo orgânico domiciliar. Confira: 

— Sobras de alimentos
— Cascas de frutas
— Erva-mate
— Borra de café e chá
— Corte de grama
— Terra de vaso
— Cinzas
— Restos de vegetação
— Papel carbono
— Cigarro
— Papel higiênico
— Pó de varrição
— Fraldas descartáveis
— Guardanapos
— Cotonetes
— Esponjas
— Lâmpadas comuns

O que não descartar:

- Os resíduos recicláveis não podem ser descartados no contêiner. Eles devem ser encaminhados à coleta seletiva (para cada bairro existe um cronograma. Acesse o site do DMLU): metais, plásticos, vidros, papéis, embalagens Longa Vida e isopor.

- Os resíduos especiais não coletados regularmente pelo DMLU são: podas de árvores, caliça, entulhos, pneus velhos.

- Resíduos perigosos (por Lei, de responsabilidade da indústria geradora): lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias, remédios vencidos, cartuchos e toners.

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