Porto Alegre é a primeira capital a ter um em cada três moradores com vacinação completa

Porto Alegre é a primeira capital a ter um em cada três moradores com vacinação completa

Segundo dados do Ministério da Saúde, 33,36% da população recebeu a primeira e a segunda dose (ou injeção única) de vacinas contra a Covid-19

Cláudio Isaías

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Porto Alegre é a primeira capital do País a atingir a marca de um em cada três habitantes com vacinação contra a Covid-19 completa. Segundo dados do Ministério da Saúde, 33,36% da população recebeu a primeira e a segunda dose (ou injeção única) dos fármacos oferecidos no Plano Nacional de Imunizações (PNI). Os números fazem parte da ferramenta LocalizaSUS com dados obtidos na Rede Nacional de Dados em Saúde do órgão federal.

Considerando a população total de 1.488.252 habitantes estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, foram 496.408 pessoas imunizadas com segunda dose ou dose única. O secretário municipal de Saúde, Mauro Sparta, ressaltou o trabalho conjunto realizado no processo de vacinação.

"Desde o início da campanha contra a Covid-19 buscamos a parceria de instituições como universidades, empresas e Exército, com isso ampliamos estruturas e pontos de vacinação contando com equipes técnicas sob a supervisão da SMS", afirmou. Ele destacou ainda o apoio da rede de farmácias parceiras como forma de qualificar o acesso da população aos pontos de vacinação.

Pelo quinto dia consecutivo, a cidade realizou a vacinação de homens e mulheres com 31 anos ou mais. A imunização nesta faixa etária vem sendo feita desde sexta-feira passada na Capital. A medida acontece em função do baixo volume de doses e fez com que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) necessitasse reduzir o número de pontos de imunização nesta terça-feira.

A primeira dose foi concentrada em apenas seis unidades de saúde - São Carlos, Assis Brasil, auditório do colégio Júlio de Castilhos (referência para o Centro de Saúde Modelo), Glória, Álvaro Difini e Centro de Saúde IAPI. Não foi realizada a aplicação de doses dos imunizantes no sistema drive-thru.

Além das pessoas com 31 anos ou mais, seguiu sendo feita a vacinação de profissionais de saúde; pessoas com deficiência a partir de 18 anos; pessoas com comorbidades a partir de 18 anos; funcionários das escolas municipais, estaduais e particulares de ensino infantil, fundamental, médio, técnico e superior; gestantes e puérperas, cuidadores de crianças ou adolescentes com deficiência permanente e lactantes - que estejam amamentando bebês com até 12 meses.

Os postos de saúde voltaram a apresentar um movimento intenso na manhã de terça-feira. No auditório do colégio Júlio de Castilhos (referência para a imunização do Centro de Saúde Modelo), na Unidade de Saúde São Carlos e no Centro de Saúde IAPI foram registradas filas. No Julinho, nem o frio da manhã de ontem assustou o público que foi até o local para receber a aplicação da primeira dose.

A secretária Inês Siqueira, 31 anos, disse que estava ansiosa por ter realizar a imunização. "Toda a minha família já havia feito a vacina. Graças a Deus deu tudo certo", ressaltou. Já a publicitária Ana Luiza Castro, 31 anos, afirmou que mesmo com a realização da vacina é preciso seguir com os cuidados como o uso de máscara, do álcool em gel e seguir mantendo o distanciamento social. A unidade São Carlos e o Centro de Saúde IAPI tiveram uma grande movimentação desde cedo.
A SMS aguarda a chegada de nova remessa de vacinas para poder ampliar o público e faixas etárias.

Adolescentes com comorbidades com idade entre 12 e 17 anos e gestantes e puérperas seguem sendo vacinados em seis postos de saúde: Bananeiras, Macedônia, Primeiro de Maio, Rubem Berta, Santo Alfredo e Tristeza. Para receber a primeira dose, todos os públicos devem apresentar documento de identidadde com CPF e comprovante de residência em Porto Alegre. Para profissionaisccc de saúde ou da educação, é preciso documento que comprove o vínculo de trabalho em Porto Alegre.

Para o grupo das comorbidades e deficiências, é necessário comprovar a condição (exceto Síndrome de Down). Segue disponível a segunda dose em 32 unidades de saúde e 13 farmácias parceiras para todos que estão com o esquema vacinal em atraso da Coronavac e quem recebeu AstraZeneca há pelo menos dez semanas. Não houve novamente a aplicação da segunda dose da Pfizer, pois não existem pessoas com doses com prazos determinados para o período.

Segundo determinação do Ministério da Saúde, desde o dia 14 de junho o intervalo entre a primeira e segunda dose do imunizante Pfizer é de dez semanas. Para segunda dose, é necessário levar identidade com CPF e carteira com registro da primeira aplicação.


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