Porto Alegre está sem gasolina e no Rio Grande do Sul a falta é de 60%
Presidente da Sulpetro disse que temor da falta de combustível antecipou a escassez na Capital
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O normal seria a gasolina começar a escassear a partir de sexta, mas a falta começou nessa quarta. "Desde segunda-feira houve forte antecipação do consumo devido o temor da falta, que acabou acontecendo antes do previsto pelo fato de milhares de pessoas acorrerem aos postos", registrou o presidente do Sulpetro, João Carlos Dal'Aqua.
Combustível à segurança
Negociação entre distribuidoras e a secretaria da Segurança Pública acertou nesta quinta-feira o abastecimento de veículos para garantir o policiamento. Houve a escola de alguns caminhões desde a base de Canoas até postos definidos em Porto Alegre, com a participação do Sulpetro, para receber o combustível reservado exclusivamente aos órgãos da segurança.
Dal'Aqua prefere não fazer projeções, mas o cenário relacionado à gasolina se encaminha para o desabastecimento total no Estado nos próximos dias caso perdure a greve nacional dos caminhoneiros. Os donos de postos, por sua vez, estão descapitalizados.
Surpresa
"Governo e todos foram pegos de surpresa com a rápida intensidade da greve. E boa parte dos empresários revendedores de combustível não tinha capital para encher 100% os reservatórios dos seus postos. Então o consumo explodiu e os tanques não estavam cheios", disse Dal'Aqua ao explicar o rápido desabastecimento. "Pagamos as distribuidoras à vista", acrescentou.
Se por acaso ocorrer acordo entre governo e caminhoneiros que ponha fim a greve geral o abastecimento levaria uma semana para a normalização total no Rio Grande do Sul. Mas em dois dias, acredita, já seria possível regularizar o consumo, por exemplo, em Porto Alegre.
Na Capital, conforme dados de abril passado do Detran-RS, a frota é de 853.993 veículos e no Estado chega a 6.635.037 veículos.