"Porto Alegre tem potencial para ser um grande polo de pesquisa", diz médico premiado nos EUA
Pedro Isaacsson Velho, que desenvolve estudo contra o câncer de próstata no Hospital Moinhos de Vento, foi o convidado do Tá na Mesa desta quarta
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O médico Pedro Isaacsson Velho, chefe do Instituto de Pesquisa Moinhos, do Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre, foi o convidado desta quarta-feira, no evento Tá na Mesa, promovido pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul). Vencedor do “Oscar da oncologia”, promovido pela The Conquer Cancer Foundation da American Society of Clinical Oncology (ASCO), o profissional ressaltou, em entrevista coletiva, que nunca nenhuma instituição brasileira havia recebido este prêmio. “Tivemos a honra de ser um dos selecionados deste ano porque nosso projeto é bastante promissor”, afirmou.
Segundo o médico, a intenção da pesquisa desenvolvida na instituição é trazer melhorias à qualidade de vida dos pacientes em tratamento para o câncer de próstata, por meio do uso da testosterona. “A terapia padrão hoje baixa a testosterona, para controlar a doença, no entanto, isto causa efeitos adversos, como fadiga e risco maior de fraturas. Nosso projeto busca devolvê-la ao paciente de maneira cíclica, e, desta forma, conseguimos tratar o câncer e até reverter e mitigar muitos destes efeitos”, disse.
O estudo em Porto Alegre envolve cerca de 40 pacientes. O prêmio conquistado por Pedro soma US$ 200 mil, recursos que serão investidos integralmente na unidade de saúde para a continuidade dos estudos contra o câncer de próstata. “O prêmio é um incentivo para que mais pesquisadores invistam nela. E a instituição tem a pesquisa no centro de seu planejamento estratégico para os próximos anos. Todas as melhores instituições do mundo que já se dedicam à pesquisa foram agraciadas, e estamos neste seleto rol”.
O profissional disse que a pesquisa médica em geral saiu fortalecida da pandemia, e afirmou ainda que a Capital tem imenso para ser um grande polo de saúde. “Temos uma rede médica excelente, ótimos mestres e ótimos profissionais da área. É uma questão de tempo para que mais pessoas acabem recebendo este prêmio. No entanto, penso que podemos fazer ainda mais em Porto Alegre, especialmente na área de pesquisa, sabendo que isto beneficia de maneira direta e indireta toda a sociedade gaúcha”, salientou.
